Uma quadrilha que operava do Rio de Janeiro foi presa na última quinta-feira (4), após fraudar bancos em R$ 13 milhões e ver pedido da justiça para congelar até suas criptomoedas.
Um dos presos na operação é um gerente do Banco do Brasil (BB), um dos bancos públicos nacionais. Outro funcionário do Santander também estava envolvido com a quadrilha, sendo preso pela operação Véritas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), essa é uma das maiores organizações criminosas de fraudes bancárias dentro e fora do Rio de Janeiro. A Delegacia de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) foi a responsável por cumprir os mandados expedidos pela justiça.
Quadrilha de fraudes bancárias é presa após movimentar R$ 13 milhões
Em nota a Polícia Civil do Rio de Janeiro, disse que a Operação Véritas tinha como objetivo cumprir 15 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. Outra parte da ação consistia em realizar o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 13,5 milhões entre contas bancárias e carteiras de criptomoedas dos suspeitos e empresas envolvidas.
Houve ainda o sequestro de bens de alto valor em uma investigação que apurou que o grupo criminoso realizava saques fraudulentos se passando por clientes, muitos dos quais idosos.
Os cheques depositados em instituições eram desviados, assim como os membros da quadrilha recebiam indevidamente pensões, ocasionando em prejuízo milionário para bancos e seus clientes. Alguns dos alvos da operação eram funcionários de bancos.
Segundo a polícia, os alvos acumularam uma riqueza e patrimônio incompatível com suas capacidades financeiras declaradas. Dessa forma, todos os investigados foram indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato.
Justiça do Rio pegou a investigação após a prisão de alguns membros em Minas Gerais
Segundo informações da justiça do Rio de Janeiro, o caso está sendo avaliado pela 1.ª Vara Criminal Especializada do TJRJ.
Além de funcionários de banco, um agente da Polícia Civil e um capitão da PM do Rio também são investigados por envolvimento com esse caso. Em posse da quadrilha, os veículos de luxo tiveram expedidos mandados de apreensão.
“O juízo da 1.ª Vara Criminal Especializada determinou o sequestro de ativos financeiros no valor de mais de R$ 13 milhões e o bloqueio judicial de todas as contas bancárias, investimentos, contas poupança, ações e criptoativos dos membros da quadrilha. Determinou também a apreensão de veículos dos estelionatários, uma frota composta por veículos de luxo, que inclui modelos Mercedes Benz, Land Rover, Toyota, Jeep e outros.”
As investigações da justiça do Rio começaram após alguns membros da organização serem presos em Minas Gerais.
Outro ponto que levou as autoridades a deflagrar a Operação Véritas foram a ostentação dos membros da quadrilha, que viviam publicamente uma vida de luxo.
Após a prisão de alguns dos membros da organização, a polícia e justiça do Rio esperam que mais informações sejam reveladas, com a quebra de sigilo telemático podendo ser fundamental para esclarecer os detalhes do crime.