De acordo com um levantamento recente, o volume de negociações em corretoras de criptomoedas centralizadas despencou em dezembro de 2022. Com o cenário de queda global, a Argentina acabou superando o Brasil em relação a negociações na Binance.
Os dados foram revelados pelo analista do mercado Colin Wu, um jornalista de criptomoedas chinês.
Vale lembrar que, em novembro de 2022, a queda da FTX pegou parte do mercado de surpresa. Assim, muitos traders saíram de suas posições em corretoras com medo de um efeito dominó contaminar outras plataformas.
Volume em corretoras de criptomoedas despenca em dezembro de 2022
Dados revelados na última quinta-feira (12) mostram o quanto a quebra da FTX se mostrou nociva ao mercado de criptomoedas.
Isso porque, entre as maiores corretoras de criptomoedas, a queda nos volumes de negociações superam 40%, entre novembro e dezembro de 2022.
Na Binance, por exemplo, a queda no volume global foi de 44,3%. Outra grande operação que sofreu no período é a da Coinbase, que experimentou uma queda nas negociações a vista de 42,2%.
A maior queda no período ocorreu na corretora Phemex, que experimentou uma diminuição no volume de 76%.
Já o menor percentual de baixa nas operações percebido acabou detectado na Bitget, corretora que apoiou Lionel Messi e ganhou grande destaque com sua conquista da Copa do Mundo em 2022, mas ainda perdeu 8% de volume.
Por fim, a média de quedas no volume nas principais plataformas globais foi de 42%, indicando que o mercado recuou forte em dezembro de 2022, absorvendo o fim da FTX.
Argentina é o terceiro país que mais negocia na Binance e supera o Brasil
Além de comparar a queda no volume de trades das principais corretoras, Colin Wu ainda comparou os acessos geográficos em corretoras,
Utilizando os dados de acesso nos meses de outubro e novembro, o jornalista detectou quedas no tráfego de investidores em plataformas de negociação de criptomoedas.
Chama atenção que na Binance, por exemplo, a Argentina surge como terceiro país que mais acessa a plataforma, perdendo apenas para Turquia e Rússia, na primeira e segunda posição, respectivamente, superando o Brasil, que até então era considerado o país que mais acessava a plataforma na América Latina.
Em volume de acessos, o Brasil aparece na lista como o segundo país que mais opera na Bitfinex.
Vale lembrar que a queda da FTX ainda é um problema sério que afeta o mercado de criptomoedas no início de 2023. Muitas empresas do setor mostram problemas e investidores seguem desconfiados de plataformas centralizadas.