Queremos uma moeda digital próxima do regulador, diz presidente do Banco Central

Campos Neto falou que não se deve falar muito de criptomoedas, mas da tecnologia DLT.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, falou sobre a moeda digital do país durante sua participação no evento LIDE Brazil Conference NY, na última terça-feira (15).

Segundo Campos Neto, o tema é complexo ainda para muitas pessoas, mas faz parte de um plano do Banco Central.

Um dos quatro blocos do projeto envolve o PIX, um sistema de meio de pagamentos. Para Campos Neto, o PIX é um sistema com potencial de ser global, universal, atomizado, rápido e barato.

Além disso, o sistema PIX atualmente é programável, o que já lhe dá vantagens. O Open Finance seria outro item do programa nacional, assim como a mudança na lei cambial para internacionalização da moeda.

Campos Neto fala sobre moeda digital

Fechando os quatro blocos do projeto de moeda digital do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto declarou que o projeto deve ajudar os brasileiros.

Em sua visão, o tema da moeda tem um enredo que passa pelas criptomoedas. Contudo, o atual presidente do BCB disse que o debate é equivocado ao focar no instrumento.

Isso porque, a parte que ele entende ser importante está na tecnologia DLT, que envolve a capacidade de distribuir as coisas.

“O importante não é o instrumento, é a tecnologia. Independente do instrumento que vai prevalecer, a tecnologia DLT, ou seja, você conseguir distribuir suas coisas de forma digital, esse é um instrumento que veio para ficar.”

Segundo Campos Neto, há um movimento grande de extração de valor de ativos com uso de meios digitais. Ele entende que obras de arte, livros e o próprio metaverso são exemplos claros.

“Devemos sair de uma economia baseada em contas, para uma baseada em tokens, com moeda digital próxima do regulador”, destaca presidente do BC

Ao analisar a moeda digital, o Banco Central do Brasil tenta responder uma grande pergunta. A dúvida que deve ser respondida, segundo Roberto Campos Neto, é se no futuro as pessoas verão seus ativos e passivos em formas de tokens, e não de contas.

Como ele acredita que a resposta para a dúvida é “Sim”, o Real digital está sendo planejado para resolver essa dor.

Ou seja, a nova moeda digital do Brasil permitirá que bancos emitam um dinheiro em cima de seus depósitos, tokenizando todo o processo. Para o presidente do Bacen, o ganho de eficiência é em gestão de riscos, backoffice, liquidação atomizada múltipla, entre outros mais.

“Sem entrar em muitos critérios técnicos, a nossa moeda digital está fazendo um pouco o contrário que outros países estão fazendo. Muitos países estão empurrando a custódia de ativos para longe dos bancos. Nós queremos trazer para próximo dos bancos. Entendemos que a melhor forma de utilizar a tecnologia é trazer ela para perto do regulador.”

O evento contou com a participação de ministros do STF, o conselheiro da Binance, Henrique Meirelles, e muitos outros analistas que debateram sobre o futuro do Brasil.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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