Nesta semana o Ethereum, segunda maior criptomoeda do mercado, chegou a marca de 2 milhões de ETH queimados pelo EIP-1559, um mecanismo de queima introduzido há pouco mais de sete meses. Em valores convertidos, este montante é equivalente a cerca de 30 bilhões de reais.
Embora as taxas do Ethereum tenham caído recentemente para os menores valores dos últimos seis meses, hoje em 30 Gwei, tal queima ajuda a controlar a oferta de ethers no mercado.
Entre os projetos que mais queimam ETH estão o mercado de NFTs OpenSea, a exchange descentralizada UniSwap, a stablecoin Tether (USDT) e transações diretas de ether.
2 milhões de ETH queimados
Quatro meses após queimar seu milionésimo ether, a criptomoeda criada por Vitalik Buterin atinge uma nova métrica: 2 milhões de ETH queimados pelo EIP-1559. Na época o primeiro 1 milhão de ETH queimados representava 24 bilhões de reais, entretanto, com a queda de preços, hoje estes 2 milhões queimados equivalem-se a apenas R$ 30 bilhões.
Além de seu preço cair de cerca de 5 mil para 3 mil dólares, é notável que as taxas de transação também estejam em queda desde o início do ano. Apesar de ser um alívio no bolso dos usuários do Ethereum, tal métrica mostra que o interesse pela criptomoeda está desaparecendo.
De qualquer forma, tal mecanismo de queima continua sendo uma boa ajuda para os detentores de Ethereum. Afinal, isso permite a diminuição da inflação da criptomoeda que, em certos dias, chegou a queimar mais ETH do que criar novos.
Principais usos do Ethereum
Entre os principais setores que impulsionaram o Ethereum a chegar as suas máximas no ano passado estão os NFTs, finanças descentralizadas (DeFi) e as stablecoins. Por fim, transações do próprio ETH ainda tem grande espaço na rede, apesar das taxas.
Como destaque, a OpenSea, um mercado de NFTs, foi responsável por cerca de 23% dos 2 milhões de ETH queimados desde a introdução deste sistema. Transações de ETH representam 18% e o uso da UniSwap (V2 e V3) queimaram outros 172.000 ethers. Por fim, a stablecoin USDT é outra que contribuiu para esta métrica, com 9%, seguida pelo USDC com quase 4%.
No momento, os usuários de todo ecossistema do Ethereum ainda esperam que a criptomoeda migre para Proof-of-Stake (PoS) e resolva problemas de escalabilidade que são um gargalo no projeto. Apesar de anúncio de que seu principal cliente está a um passo da migração, ainda não há data definida.