O tema das criptomoedas no Brasil tem chamado atenção em meio a pandemia. Desde 2019, a Receita Federal (RFB) apura as criptomoedas que são negociadas em corretoras, sendo que um novo recorde foi alcançado na métrica. Além disso, o volume negociado e os traders que os realizam têm sido identificados.
De acordo com a instrução normativa 1888, a receita federal instituiu a obrigatoriedade de prestação de informações relativas aos criptoativos. Vale o destaque que nem o Bitcoin ou qualquer outra moeda digital é regulamentada no país.
Apesar da falta de regulamentação a instrução normativa abriu o debate no âmbito federal. Dessa forma, desde agosto de 2019 a receita tem acompanhado de perto as informações de investidores.
Receita federal apura um recorde na negociação envolvendo criptomoedas no Brasil
Há quase um ano começou no Brasil a instrução normativa 1888 da receita federal. De lá para cá, todas as transações de criptomoedas tiveram que ser declaradas para o órgão.
Transações feitas em plataformas passaram a ser monitorados e os traders foram identificados pela RFB. Com a valorização do Bitcoin nos últimos anos essa modalidade de investimento chamou atenção e já é tributada hoje.
Contudo, chamou atenção o volume que têm sido negociado nas plataformas brasileiras. De acordo com a receita federal, as operações com criptoativos realizadas em julho outra passaram 14,877 bilhões de reais.
Com os dados repassados pela receita, a Reuters apontou que o movimento de julho foi 90% maior em relação ao mês anterior. Isso porque, no mês de junho foram movimentados 7,833 bilhões de reais.
A receita apura as operações com criptomoedas há quase um ano. Entretanto, o valor movimentado em julho foi o recorde até aqui.
O Bitcoin não é a criptomoeda preferida dos brasileiros, qual será?
De acordo com a receita federal, o valor de negociações em 2020 alcançou 66,220 bilhões de reais até julho. Cabe destaque que 2020 tem sido um ano de crise e o Bitcoin é considerado por alguns investidores como uma reserva de valor.
Com a crise instalada, entretanto, o Bitcoin não foi a preferência dos brasileiros. Essa moeda de fato foi apenas a terceira mais negociada no ano, com 4,16 bilhões de reais sendo declarados.
A segunda criptomoeda mais negociada pelos brasileiros foi a Tether. Considerada uma moeda estável com lastro em dólar, a USDT registrou o volume de 4,17 bilhões de reais.
A criptomoeda preferida dos brasileiros então é ninguém menos que a Ripple. Uma das cinco maiores em valor de mercado mundial, a XRP girou 6,14 bilhões de reais no Brasil, até julho. Os dados da receita não informam os motivos dessa preferência, mas deixa claro que o Bitcoin pode não ser a moeda preferida dos brasileiros hoje.
Por fim, em um estudo feito pela Receita em maio, o Bitcoin ainda era a criptomoeda com maior volume. Naquela época, a Ripple já era a criptomoeda alternativa mais negociada, segundo apuração da Receita Federal.