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Regulação na Europa força Coinbase a remover stablecoins de sua plataforma

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A Coinbase (NASDAQ: COIN), considerada a maior corretora de bitcoin dos EUA, vai remover de sua operação na Europa todas as criptomoedas e stablecoins sem conformidade com as novas regras do velho continente.

Isso porque, aprovada em 2023, a Lei MiCA entrará em vigor a partir de dezembro de 2024 na Europa. Ou seja, qualquer corretora que descumprir as medidas impostas pelos reguladores poderá sofrer graves consequencias.

Ainda não está claro quais corretoras deverão seguir os passos da Coinbase, mas tudo indica que as stablecoins podem perder força em operações na Europa.

Maior corretora de bitcoin dos EUA vai remover stablecoins sem conformidade com regras da Europa

De acordo com uma publicação da Reuters nesta sexta-feira (4), a Coinbase retirará os pares de stablecoins apenas para investidores que operam da Europa. Assim, deverá manter tudo normal em sua operação nos Estados Unidos, Brasil e outros países em que opera.

Contudo, a nova estrutura regulatória do Europa impede que corretoras descumpram as determinações, dentre elas a negociação de criptomoedas não reguladas.

Para contar com liberação no continente europeu, as stablecoins devem operar um padrão rigoroso de transparência, liquidez e proteção ao consumidor. A USDT, maior stablecoin em volume no mercado, não tem aprovadas as regras básicas exigidas pela MiCA até então.

Em um comunicado para a Reuters via e-mail, a Coinbase declarou que tem um compromisso sério com a conformidade. Além disso, confirmou que pretende restringir o fornecimento de alguns de seus serviços aos usuários que moram na Europa e acessam de lá sua plataforma, até o dia 30 de dezembro de 2024.

Antes de remover as opções diretamente, a maior corretora de bitcoin dos EUA ofertará para seus clientes a opção de trocar as suas criptomoedas por outras que contam com aprovação pelo mercado local, como as emitidas pela Circle, sendo a USDC (lastreada em Dólar), e a EURC (lastreada em Euro).

Stablecoins são as criptomoedas mais populares

Em uma recente apresentação ao mercado no Brasil, Roberto Campos Neto declarou que as stablecoins hoje são os maiores desafios enfrentados pelos reguladores.

No Brasil, por exemplo, o volume de stablecoins diariamente é maior que do bitcoin, demonstrando que estes ativos estão entre os mais buscados por investidores atualmente. De qualquer forma, com novas regras regulando o mercado, tudo indica que as criptomoedas centralizadas conhecidas como stablecoins deverão se mostrar cada vez mais perigosas.

Volume das criptomoedas negociadas por brasileiros no dia 4 de outubro de 2024. Fonte: Mercado Cripto Livecoins.

Enquanto isso, empresas como a Tether, emissora da USDT, tentam mostrar que estão ajudando governos a bloquear transações de criptomoedas entre pessoas, principalmente quando há indícios de crimes envolvidos.

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Autor:
Gustavo Bertolucci