O líder do Grupo Bitcoin Banco, Cláudio Oliveira que ficou famoso como “Rei do Bitcoin”, teve seu pedido de liberdade negado pela justiça federal.
Julgado atualmente pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, Cláudio segue preso desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Daemon, que viu ser presa também sua esposa e mais algumas pessoas envolvidas em seus negócios.
O Grupo Bitcoin Banco, que tinha várias empresas como a corretora Negocie Coins, por exemplo, é acusado de perpetuar um dos maiores golpes envolvendo o Bitcoin no Brasil.
Cláudio era o chefe do esquema que é investigado pela PF, acusado de Estelionato e criação de uma Organização Criminosa.
“Rei do Bitcoin” tem pedido de liberdade negado na justiça
Próximo de completar quatro meses desde que foi preso, Cláudio Oliveira recorreu ao TRF4 com um pedido de Habeas Corpus nos últimos dias. Em comunidades do Grupo Bitcoin Banco chegou a circular informações de que o advogado dele garantiu que ele seria solto.
Na última terça-feira (26) então, o julgamento foi realizado pelo tribunal a pedido do advogado de Cláudio, que defendeu que já havia passado o prazo de 90 dias desde que seu cliente foi preso preventivamente.
Ao analisar o pedido, o juiz observou que a prisão de Cláudio Oliveira, feita pelo Juízo da 23.ª Vara Federal de Curitiba justificou essa decisão com base em vários fatos apurados em investigação.
Um deles era sobre o Modus Operandi do Grupo Bitcoin Banco, que tinham empresas de custódia e intermediação de venda de criptomoedas para clientes. Os investidores, segundo a investigação, eram atraídos para um ambiente que prometia altos retornos no curto prazo com a arbitragem infinita, sendo até brindes oferecidos para alguns deles.
Essa operação nebulosa eventualmente levou ao colapso das operações do Bitcoin Banco, seguido por um exit scam dos líderes das corretoras. O juízo do TRF4 analisou que o pedido de prisão preventiva ainda citava um inquérito policial que detalhava até o prejuízo de milhões de reais que os clientes do grupo registraram.
No entendimento do juiz que analisou o caso, que está sob sigilo de justiça, o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já tem o entendimento que o fim prazo de 90 dias da prisão preventiva não implica em imediata soltura do réu, com casos na corte superior indeferindo pedidos de liberdade similares ao apresentado pela defesa de Cláudio.
Assim, o juiz indeferiu o pedido do “Rei do Bitcoin” que pleiteava sua liberdade. O Ministério Público Federal será citado para manifestação sobre a medida, mas o líder do Bitcoin Banco segue preso ainda, com a negativa do Habeas Corpus n.º 5044182-02.2021.4.04.0000.