Muitas empresas surgem no mercado de investimentos com promessas de negociações milagrosas, seja de Bitcoin ou ações, algumas até com possível uso de inteligência artificial, que aumentaria os ganhos dos investidores.
Contudo, uma empresa desse nicho de mercado acabou virando um caso de polícia no Japão, após sumir com o dinheiro dos clientes.
As investigações apontam que US$ 54 milhões foram roubados pelos golpistas em um caso que pode ser uma das maiores fraudes financeiras locais. Quatro pessoas foram presas no início da semana.
No “país dos robôs”, uma operação de trade de Bitcoin com inteligência artificial não passava de uma fraude
Estima-se que para cada dez mil pessoas trabalhando no Japão existam 306 robôs, segundo levantamento do site Roboterin em 2019. Assim, o país é considerado a “terra dos robôs”, com grande inovação no setor.
Sendo uma realidade comum no Japão, uma empresa chamada Projeto Oz surgiu oferecendo mais um robô, mas dessa vez um que traria bons rendimentos no mercado financeiro.
Com o trade de Bitcoin aliado a inteligência artificial, o Projeto Oz acabou convencendo 20 mil investidores a aportar no negócio. Contudo, o que parecia ser mais um robô promissor acabou se mostrando um sofisticado golpe no mercado financeiro local.
Segundo o portal Asahi Shimbun Digital, a Polícia Local de Aichi afirmou que efetuou a prisão de quatro pessoas ligadas a um golpe de R$ 280 milhões no Japão. O principal líder apontado pelos investigadores é Shoji Ishida (59).
“De acordo com os investidores, Ishida e seus colegas administram o “OZ PROJECT”, que afirma ser capaz de negociar criptomoedas com a IA. “Se você investir, receberá 100% do principal de volta. Ele aumentará 2,5 vezes em 4 meses.” “A IA negociará automaticamente”, disse ele, recolhendo o dinheiro.”
Para captar interessados eram oferecidos retornos de até 60% ao mês, valor surreal, que levou muitas pessoas a convidarem amigos e familiares a aportarem mais dinheiro na fraude financeira que está sendo investigada como esquema Ponzi.
Já corre na justiça japonesa agora ações de clientes contra a empresa, tanto em Nagoya quanto em Tóquio, capital do país. O colapso da pirâmide começou ainda em 2019, quando investidores já começaram a denunciar o caso na polícia.
