Prédios de bancos. Foto de Expect Best/Pexels.
Dez dos principais bancos do mundo estão se unindo para criar stablecoins atreladas as moedas do G7 — grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Portanto, o foco seria a digitalização do dólar americano, dólar canadense, euro, iene e libra esterlina.
O comunicado não deixa claro se a ideia é criar uma stablecoin para cada moeda, usando uma blockchain mútua, ou se o plano é lançar uma única stablecoin ligada a uma cesta dessas moedas.
Caso seja a segunda opção, a ideia se parece muito com a Libra, uma antiga criptomoeda proposta pela Meta (ex-Facebook) que foi barrada por reguladores.
O anúncio foi publicado nesta sexta-feira (10) pelo BNP Paribas, citando outros 9 bancos mundialmente conhecidos em um consórcio focado na criação de stablecoins atreladas a moedas do G7.
“Um grupo de importantes bancos internacionais está explorando conjuntamente a emissão de uma forma de dinheiro digital lastreada em reservas 1:1, que ofereça um ativo de pagamento estável disponível em blockchains públicas, com foco nas moedas do G7”, aponta o comunicado.
“O objetivo da iniciativa é avaliar se uma nova oferta em nível setorial poderia trazer os benefícios dos ativos digitais e aumentar a concorrência no mercado, garantindo ao mesmo tempo total conformidade com os requisitos regulatórios e as melhores práticas de gestão de risco.”
Dentre os bancos participantes estão:
Conforme três países — Alemanha, França e Itália — compartilham a mesma moeda, o foco seria em 5 moedas:
Em maio deste ano, rumores apontavam que JPMorgan Chase, Bank of America (BofA), Citigroup, Wells Fargo estavam planejando lançar uma stablecoin atrelada ao dólar americano.
Antes disso, em fevereiro, o BofA afirmou que estaria interessado em lançar o seu próprio dólar digital, sem depender de parcerias.
Já na Europa, um grupo formado por ING, Banca Sella, KBC, Danske Bank, DekaBank, UniCredit, SEB, CaixaBank e Raiffeisen Bank International, revelou em setembro que estariam se unindo para lançar uma stablecoin atrelada ao euro, com lançamento marcado para o segundo semestre de 2026.
O interesse unânime por essa solução está ligado aos lucros dessas operações. Isso porque bancos podem usar o lastro dessas moedas em outros investimentos, como títulos de dívidas governamentais, por exemplo.
No caso da Tether, emissora da USDT, seus lucros chegaram a US$ 4,9 bilhões no 2º trimestre do ano.
Comentários