Saques bloqueados: 12 empresas que travaram saques de criptomoedas

As empresas listadas cometem os mesmos erros dos bancos de praticarem reservas fracionadas. Um dos motivos pelo qual o Bitcoin foi criado foi para acabar com esse tipo de prática.

A semana começou com o Bitcoin trazendo um certo alívio para os investidores, tendo resistido na casa dos US$ 19 mil e voltando para os atuais US$ 20 mil, no entanto, os problemas estão muito além do preço da criptomoeda, com algumas companhias prejudicando seus clientes e demonstrando as falhas em sistemas tradicionais.

Em uma pesquisa recente, um usuário do Twitter compilou uma lista de diferentes corretoras e plataformas de criptomoedas que bloquearam saques dos clientes ou oferecem riscos para o dinheiro dos investidores.

De acordo com Louis, que é CEO e CIO da Mimesis Capital, as companhias com modelos “antigos” de administração não vão sobreviver à era do Bitcoin.

“A Unchained não está nessa lista porque ela não faz a re-hipoteca do seu BTC.

O seu Bitcoin fica em um cofre multisig contralado por você.

As firmas abaixo estão usando modelos bancários conhecidos com reserva fracionada.

Os usuários têm que confiar neles. E é por isso que não vão sobreviver à era do Bitcoin.”

Empresas que bloqueram saques de criptomoedas

  • Celsius
  • Three Arrows Capital (3AC)
  • BlockFI
  • Genhesis
  • Nexo
  • Bitmex
  • Finblox
  • Babel Finance
  • Orthogonal Trading
  • Maple Finance
  • Voyager Digital
  • CoinFlex

Vale dar destaque para as companhias que foram listadas pelo usuário, com algumas bem famosas e outras que já limitaram os saques dos clientes e até mesmo bloquearam completamente.

Companhias com saques de criptomoedas limitados e bloqueados

As empresas listadas cometem os mesmos erros dos bancos de praticarem reservas fracionadas. Um dos motivos pelo qual o Bitcoin foi criado foi para acabar com esse tipo de prática.

As reservas fracionadas representam um risco para os fundos dos investidores porque eles podem ser perdidos em empréstimos e até mesmo golpes pelas companhias, não é o usuário que controlar o próprio dinheiro nesses casos.

Entre as listadas, as que estão afetando diretamente os seus clientes são a Celsius, que pausou os saques de seus clientes desde 12 de junho.

A Finblox limitou saques para US$ 500 por dia e US$ 1.500 por mês, Voyager Digital, que pode estar passando por problemas com um empréstimo feito à 3AC também limitou os saques para US$ 10 mil.

A Babel Finance, que possui um empréstimo de US$ 3 bilhões suspendeu todos os saques e está em negociações com os clientes sobre a situação do dinheiro bloqueado.

Outros nomes importantes também possuem riscos, como exposição a outros investimentos ou empréstimos feitos ou tomados de outras entidades e que podem levar a situações como as descritas à cima.

A Three Arrows Capital (3AC) que está ligada a Voyager Digital, já teve mais de US$ 400 milhões de seus fundos liquidados. O problema é que outras companhias estão expostas a ela, como a CoinFlex, que pausou saques recentemente por cerca de uma semana ou a própria Bitmex, um grande nome do setor.

Em muitos casos essa crise mostrou um efeito dominó, com os problemas da Babel afetando também a Orthogonal Trading, que tem um empréstimo ativo de US$ 10 milhões à Babel.

Por sua vez, o risco da Orthogonal Trading afeta diretamente a Maple Finance, que tem uma exposição de US$ 10 milhões na companhia.

Até mesmo aquelas que dizem não ter ligação nenhuma ou exposição a outras empresas também possuem grandes riscos, como a Nexo e o seu débito de US$ 4.9 Bilhões. Já a broker Genesis vendeu todo o seu colateral liquido e praticamente faliu.

Nem todas que estão com saldos bloqueados darão prejuízo para os investidores, mas é claro que elas apresentam grandes riscos, similares aos dos bancos, o que vai contra boa parte da natureza das criptomoedas. Por isso é sempre muito importante saber quando, como e onde investir em suas criptomoedas.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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