A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores (B3) no Brasil lançaram uma campanha contra fraudes financeiras, citando criptomoedas.
Essa iniciativa se chama “#seliganacilada“, lançada na última terça-feira (6). Dessa forma, o trabalho será de ajudar as pessoas a compreender sobre as ofertas de investimentos disfarçadas, com golpes que prometem altos retornos e atraem vítimas pela internet.
Frases de efeito como “lucrar muito em pouco tempo“, “oferta imperdível de investimentos“, “investimento com retorno garantido“, foram algumas das chamadas consideradas como golpe.
CVM e bolsa de valores brasileira lançam campanha contra fraudes financeiras
A nova campanha da CVM com a B3 faz parte da Semana Mundial do Investidor (WIW 2021), evento mundial que começou na última segunda-feira (4) e vai até o dia 10 de outubro.
Nesta edição, um dos principais assuntos da pauta é a prevenção a golpes financeiros, que tem um grupo de trabalho liderado pela CVM.
O objetivo principal é ajudar as pessoas que pretendem investir seu dinheiro que algumas propostas atraentes de dinheiro podem até parecer legítimas, mas não são de verdade. Nos próximos dias, vídeos irão circular por redes sociais para abordar essas realidades, com um tom de humor.
O superintendente da CVM, José Alexandre Vasco, lembra que essa é uma campanha educacional para os brasileiros sobre finanças.
“A ideia é levar o alerta para os mesmos canais usados por eventuais golpistas: as mídias sociais. O primeiro vídeo a ser lançado chama a atenção para as ofertas que ostentam bens de luxo, em um discurso de ganhos altos, com pouco esforço e sem riscos, como se fossem ofertas de investimento no mercado de capitais. Com isso, queremos mostrar um exemplo prático das mensagens que devem ser vistas com desconfiança pelo público, além de oferecer informações educacionais”.
Campanha da CVM e B3 lembra que as criptomoedas tem sido utilizadas por golpistas
A CVM lembrou ainda de uma pesquisa feita recentemente que abordou pessoas vítimas de investimentos falsos, sendo que os golpes mais comuns estão associando sua imagem ao mercado de criptomoedas.
Na pesquisa em questão, as criptomoedas foram citadas como 43,3% das vitimas, sendo que em seguida apareceram o mercado Forex (29,8%), Opções Binárias (16,9%) e Ações (15,2%).
#seliganacilada: Lançamos, junto com a @B3_Oficial, campanha p/ alertar sobre armadilhas em redes sociais. Muitos golpes estão disfarçados de ofertas de investimento que prometem retornos altíssimos e rápido. Desconfie! INVESTIGUE ANTES DE INVESTIR!
🌐https://t.co/yCmmyQj2qU pic.twitter.com/gVeIfcaXSN— CVM (@cvmgovbr) October 6, 2021
Apoiando a nova campanha, o diretor de relacionamento da B3, Felipe Paiva, afirmou que criar campanhas educacionais de investimentos é importante para mostrar para as pessoas sobre os riscos das ciladas.
“Uma preocupação constante da B3 é oferecer insumos para auxiliar os investidores na tomada de decisão. O acesso de cada vez mais pessoas ao mercado financeiro e de capitais requer conhecimento das características de cada produto e os riscos envolvidos. Considerando que temos esse papel de promover educação financeira, e que trabalhamos ao lado do mercado para que ele cresça de forma sustentável, unimos nossos esforços com a CVM, corretoras e bancos para dar visibilidade a um tema tão importante como esse”.