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Desembargadora é presa preventivamente: Organização criminosa lavava dinheiro com criptomoedas

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A Operação Faroeste, deflagrada em novembro de 2019, ainda apura fatos de corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia. Neste último domingo (21), o STJ acatou um pedido formulado pelo MPF sobre uma das desembargadoras envolvidas no escândalo.

Na última segunda-feira (14), Lígia Cunha havia sido presa no âmbito da operação. Contudo, a desembargadora do TJBA foi liberada um dia depois, ao alegar a recuperação de uma cirurgia recente.

Para o Ministério Público Federal, Lígia e outra desembargadora teriam criado organizações criminosas para grilagem de terra no oeste da Bahia. A organização teria movimentado altas somas em dinheiro, joias, veículos de luxo e até criptomoedas.

STJ acatou pedido do MPF para prisão de desembargadora

O tribunal baiano tem sido alvo de inúmeras operações, inclusive desdobramentos da Operação Faroeste. A corrupção no tribunal teria lesado inúmeras pessoas e levado outras até a morte.

Quando a operação foi deflagrada no final de 2019, Lígia e a desembargadora Ilona Reis teriam assumido papel de destaque, segundo o MPF. As investigações sugerem que Lígia teria tentado obstruir as investigações para sair impune dos crimes.

Como a desembargadora estava de “atestado” até o último sábado (19), o MPF, efetuou sua prisão na manhã do último domingo. Lígia foi levada para um estabelecimento prisional e, de acordo com a subprocuradora da República Lindôra Araújo, ela deve permanecer presa para não atrapalhar as investigações.

“Não pode ser omitido o fato de que as investigadas Ilona Reis e Lígia Cunha colocam em perigo a normal colheita de provas, na moldagem de uma verdadeira operação de inteligência financeira para movimentação e integração das divisas criminosas, ao passo que soltas elas poderão apagar os rastros de seus crimes e a intimidar testemunhas, obstando o sequenciamento da instrução processual e prosseguimento das investigações, especialmente diante do poderio e da proximidade das desembargadoras com altas autoridades do Poder Judiciário baiano”, declarou a subprocuradora.

Esquema de corrupção na Bahia envolveu suposta lavagem de dinheiro com criptomoedas

Quando deflagrada a Operação Faroeste, vários mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Na época, desembargadores que supostamente vendiam sentença sobre grilagem de terra foram afastados.

Um dos casais presos na ocasião, de acordo com MPF, teria usado até as criptomoedas para suposta lavagem de dinheiro. Geciane Maturino e Adailton Maturino foram presos em novembro de 2019 e nos últimos dias, o MPF pediu a manutenção das suas prisões.

“No momento da prisão também foram encontrados com Geciane e Adailton talonários de cheque de contas diversas, inclusive com cheques destinados ao pagamento de negociação de criptomoedas, o que indica prática de lavagem de dinheiro. O casal também ocultou provas.”, afirmou o MPF em nota

O crime teria lavado dinheiro com inúmeros ativos, inclusive dinheiro em espécie, casas e carros de luxo, joias, obras de arte, entre outros. Alguns ativos estavam em nomes de terceiros, envolvidos com os suspeitos investigados pela Operação Faroeste.

De qualquer forma, as investigações continuam, sendo a manutenção da prisão dos suspeitos, de acordo com a subprocuradora Lindôra, fundamental para a conclusão do caso. De acordo com ela, mesmo após a prisão dos suspeitos, pistoleiros continuam ameaçando agricultores e duas pessoas já foram executadas. O caso segue na justiça.

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Autor:
Gustavo Bertolucci