A empresa Strike, que ajudou El Salvador a adotar o Bitcoin, agora chegou com sua solução na Argentina. A iniciativa foi compartilhada pelo seu CEO, Jack Mallers, que foi o responsável por conversar com Nayib Bukele em 2021, quando o presidente salvadorenho anunciou que o Bitcoin se tornaria uma moeda de curso legal no país.
Antes disso, Jack passou meses no país da América Central conversando com a comunidade local e entendendo as dores do sistema financeiro.
Em setembro de 2021, El Salvador acabou adotando o Bitcoin como moeda de curso legal de vez, após ajuda da Strike, que ainda mantém contato com a comunidade daquele país.
Strike chega com solução Bitcoin na Argentina
A Argentina é um dos principais países da América Latina, mas com uma economia cada vez mais abalada pela condução de seus políticos nos últimos anos. Antigamente uma grande potência regional, o país tem encarado problemas sérios principalmente com a alta inflação.
Buscando refúgio, muitas pessoas correram para o Bitcoin no país, moeda digital que é cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. E a empresa Strike desembarca na Argentina, para viver e ajudar mais pessoas a entender sobre o Bitcoin, segundo anúncio de seu CEO na última terça-feira (11).
“Hoje, lançamos uma experiência financeira superior a um país que enfrenta hiperinflação, redes de pagamentos predatórias e transferências internacionais inutilizáveis. Hoje, usamos a rede monetária aberta do mundo, Bitcoin, para dar esperança ao povo da Argentina.”
🇦🇷 Welcome, Argentina! 🇦🇷
Today, we launch a superior financial experience to a country that faces hyperinflation, predatory payment networks, and unusable cross-border transfers
Today, we use the world's open monetary network, #Bitcoin, to give hope to the people of Argentina pic.twitter.com/Z2RYLxmKSL
— Jack Mallers (@jackmallers) January 11, 2022
Pelo tom da chegada de Mallers, ele entende que a situação da Argentina é caótica, prevendo que a inflação vai alcançar 55% no país em 2022. Além disso, ele acredita que o PIB vai contrair 12%, após 8 crises cambiais desde que o banco central argentino foi fundado.
Jack afirmou que como metade da população argentina já vive na pobreza, a história do país é de alta turbulência econômica e incerteza.
“10% de todos os Dólares físicos devem estar na Argentina”
Para Jack Mallers, a situação da Argentina é tão severa que há estimativas de que 10% de todas as notas físicas de Dólar estejam no país vizinho ao Brasil. Ou seja, a população sabe que deve buscar opções de dinheiro mais confiáveis após várias crises severas.
Ele lembrou ainda que o governo fez de tudo para conter os avanços do Dólar na economia, como a prática de restringir a compra de moeda estrangeira. Isso inclusive foi uma das práticas que levou a empresa Mercado Livre a comprar Bitcoin em 2021, em anúncio feito para a SEC dos Estados Unidos.
Com toda essa situação, Mallers acredita que a demanda por Bitcoin na Argentina é a maior da história.
“Existe agora uma demanda sem precedentes por um sistema monetário aberto que viva dentro de uma rede distribuída, tenha uma política monetária conhecida, uma oferta fixa e seja resistente à censura. A Argentina precisa do melhor ativo monetário e da melhor rede monetária da história humana: Bitcoin”.
Ao chegar com a Strike na Argentina, ele espera que as pessoas façam mais uso do Bitcoin como meio de pagamento, com pagamentos instantâneos, sem inflação, sem restrição e com total liberdade financeira.