Usando seu videogame NES, lançado em 1983, o desenvolvedor Christian Moss conseguiu fazer com que as moedinhas do jogo Super Mario fossem transformadas em Bitcoin, caindo instantaneamente em sua carteira conforme eram coletadas.
Para isso, Moss utilizou a tecnologia da Lightning Network para lidar com micro-transações em tempo real e taxas quase nulas. Sendo mais específico, o desenvolvedor usou a carteira da Zebedee.
Atualmente os jogos play-to-earn (jogue-para-ganhar) estão em baixa. Como exemplo, o Axie Infinity, jogo mais popular do ecossistema cripto, já perdeu 84% de seus jogadores nos últimos 12 meses.
Claro que Moss não quer competir com gigantes como o Axie Infinity. No entanto, seu experimento mostra que a agilidade do Bitcoin pode ser um modelo adotado por outros jogos em vez da criação de mais uma shitcoin.
Super Mario com Bitcoin
Em vídeo publicado nesta segunda-feira (23), Christian Moss apresenta toda a força da Lightning Network. Também capturando a tela de seu celular no lado direito do vídeo, é possível observar os pagamentos em Bitcoin entrando na carteira a cada vez que o desenvolvedor coleta uma moeda no jogo Super Mario.
“Com a Zebedee você pode colocar bitcoin em qualquer coisa! Em preparação para [conferência] Advancing Bitcoin, eu queria ver se poderia adicionar bitcoin no Super Mario rodando no meu NES original, toda vez que você ganha uma moeda, ele envia alguns satoshis!”
With @zebedeeio you can put bitcoin into anything!
In preparation for @advbitcoin I wanted to see if I could add bitcoin into a Super Mario running on my original NES, every time you get a coin it sends you some sats! pic.twitter.com/KPIvO09oo7— Christian Moss (@MandelDuck) January 23, 2023
Explicando o funcionamento de sua invenção, Moss conta que tentou usar reconhecimento ótico de caracteres (OCR) para coletar os dados, mas a fonte do texto deixava o sistema impreciso. Como solução, usou o som das moedas para obter os dados necessários. Sendo assim, cada moeda era transformada em uma recompensa de 10 satoshis.
Embora o desenvolvedor não queira competir com os famosos jogos play-to-earn, seu experimento mostra que é possível utilizar o Bitcoin em diversos ambientes, sem precisar criar mais uma criptomoeda.
Portanto, o clássico da Nintendo com Bitcoin pode influenciar outros desenvolvedores, bem como atrair novos usuários caso um jogo público neste estilo seja lançado. De qualquer forma, por hora a diversão de Moss com os amigos parece garantida.
A queda dos jogos play-to-earn
Considerados uma grande atração nos últimos anos, os jogos play-to-earn perderam sua força. Como mencionado anteriormente, 85% dos jogadores abandonaram o Axie Infinity em relação a janeiro do ano passado.
Em relação ao preço de mercado, o AXS já perdeu 92,84% de seu valor desde seu topo histórico. Já o SLP, outro token ligado ao Axie, outros 99,26%.
Indo além, um levantamento feito pelo Livecoins em outubro de 2021 apontou que brasileiros estavam mais interessados por jogos NFT do que por Bitcoin, mas esta história não acabou bem.
Na data, o Plant vs Undead (PVU) aparecia como o mais popular no Brasil. Hoje, dados do CoinGecko apontam que o PVU perdeu 100% de seu valor, mas não foi o único.
Bomber Coin (BCOIN), também conhecido como BombCrypto, desvalorizou 99,9% desde então, uma verdadeira bomba. Já o MonstaInfinite (MONI), um clone barato do Axie Infinity, perdeu 99,7% em relação a seu pico histórico.
Por fim, esperamos que mais jogos utilizem o Bitcoin (BTC) como moeda nativa. Afinal, como mostrado acima, é possível usá-lo até mesmo em um videogame bem antigo, com transações em tempo real.