Um supervisor da área de TI que prestava serviços para o governo, foi preso após um esquema de mineração ilegal ter sido encontrado dentro dos escritórios estatais. O crime ocorreu no condado de Suffolk, nos EUA.
Segundo apuração do NY Times, Naples foi indicado por corrupção pública, furto, invasão de computadores e má conduta. Caso seja culpado, sua pena pode chegar a 15 anos na prisão. Ele trabalhava para o condado há 21 anos.
O supervisor de TI minerava Bitcoin e outras criptomoedas com 46 equipamentos que estavam escondidos em seis salas diferentes. Seu plano parecia bem arquitetado, já que ele usava esconderijos, como tábuas de piso removíveis e um painel elétrico que estava desativado.
Ao menos 10 das 46 máquinas estavam minerando desde fevereiro, segundo promotores.
“Este réu encontrou uma maneira de fazer isso; infelizmente, foi nas costas dos contribuintes”, disse um promotor
Energia de graça
A principal motivação de Naples foi o custo da energia, a mineração de criptomoedas, especialmente usando ASICs, é muito custosa. A estimativa é que o técnico de TI tenha economizado mais de R$30.000 por não pagar pela energia, que acabou sendo paga, de forma indireta, pela população.
Por se tratar de um órgão estatal, parece que ninguém se importou com o aumento na conta de energia.
Além deste “desconto” da energia, seu lucro pode ter sido bem maior já que a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas que utilizam o algoritmo SHA-256, apresentaram bons retornos devido à alta do Bitcoin este ano.
Embora os modelos de ASICs utilizados por Naples não tenham sido divulgados, a expansão do seu negócio ilegal, de 10 para 46 equipamentos, indica que ele possa ter quadruplicado o seu investimento.
Naples responderá o processo em liberdade após ter pago uma fiança.
Casos de mineração relacionados com furto de energia não são raros, os famosos “gatos de luz” já foram responsáveis pela prisão de pessoas em vários países como EUA, Venezuela e, claro, Brasil.