“Tela azul da morte” inspira criação de centenas de memecoins após apagão cibernético global

Nas redes sociais, algumas pessoas aproveitaram a crise para destacar que o Bitcoin não enfrentou nenhuma queda nos últimos 10 anos, sendo um ótimo indicador de sua segurança devido à descentralização.

Uma falha em sistemas operacionais Windows travou diversos computadores nesta sexta-feira (13), tendo impacto em aeroportos, hospitais, governos e serviços bancários. A comunidade de criptomoedas obviamente não perdeu a chance e criou diversas memecoins sobre o incidente.

Em corretoras descentralizadas, é possível encontrar memecoins como Blue Screen of Death (BSoD), uma referência a “tela azul da morte” do Windows, mas também outras com o nome da empresa que causou a falha, a CrowdStrike.

Memecoin CrowdStrike (CrowdStrike) foi criada após bug do Windows e chegou a subir 16.377%, mas devolveu todos os ganhos nas horas seguintes. Projeto está com um volume de negociações de US$ 539 mil (R$ 3 milhões) nas últimas 24 horas. Fonte: Dextools.
Memecoin CrowdStrike (CrowdStrike) foi criada após bug do Windows e chegou a subir 16.377%, mas devolveu todos os ganhos nas horas seguintes. Projeto está com um volume de negociações de US$ 539 mil (R$ 3 milhões) nas últimas 24 horas. Fonte: Dextools.

O que causou a falha no Windows que impactou computadores no mundo inteiro?

George Kurtz, CEO da CrowdStrike, reconheceu que a falha partiu de sua empresa, que fornece serviços de segurança para a Microsoft. As ações de sua empresa, negociada na Nasdaq, operam em queda de 11%.

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com os clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para Windows.”

“Isto não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético”, esclareceu Kurtz. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”

A falha teria afetado apenas versões corporativas do Windows. De qualquer forma, isso foi o suficiente para interromper o funcionamento de diversos serviços importantes para o funcionamento do mundo.

Segundo dados da FlightAware, 31.307 voos sofreram atrasos nesta sexta-feira (19) e 3.566 foram cancelados. No Reino Unido, até mesmo a Bolsa de Valores de Londres foi afetada.

Segundo o site Downdetector, que reúne informações sobre inacessibilidade de sites e serviços, diversos bancos brasileiros aparecem com problemas, incluindo Bradesco, Next, Banco do Brasil, Itaú, Caixa Econômica Federal, Nubank e Santander.

Usuários relatam problemas ao acessar serviços de diversos bancos brasileiros. Fonte: Downdetector.
Usuários relatam problemas ao acessar serviços de diversos bancos brasileiros. Fonte: Downdetector.

Comunidade cripto aproveita momento para brincar com o problema

Nas redes sociais, algumas pessoas aproveitaram a crise para destacar que o Bitcoin não enfrentou nenhuma queda nos últimos 10 anos, sendo um ótimo indicador de sua segurança devido à descentralização.

“A última vez que verifiquei, o Bitcoin estava funcionando”, escreveu um deles. “O Bitcoin teve 100% de uptime nos últimos 4.148 dias, com 2 eventos de inatividade discutíveis em 2013 e 2010.”

Já as memecoins parecem estar servindo como um registro dos acontecimentos mundiais. Isso porque, mais uma vez, a comunidade correu para criar novas criptomoedas ligadas às últimas notícias.

Os principais nomes fazem referência a “tela azul da morte” do Windows, que apareceu em milhares de computadores nesta sexta-feira (19).

Diversas memecoins sobre “tela azul da morte” foram criadas nas últimas horas após falha global atingir milhares de computadores. Fonte: Dexscreener.
Diversas memecoins sobre “tela azul da morte” foram criadas nas últimas horas após falha global atingir milhares de computadores. Fonte: Dexscreener.

Por fim, devido à amplitude da falha, especialistas estimam que levará dias até que todos os serviços voltem ao normal.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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