Em Portugal, caso Telexfree termina sem culpados: “vítimas sabiam que era esquema”

A decisão está ligada apenas com a jurisdição de Portugal e por isso não tem nenhuma relação com a situação da empresa e dos acusados aqui no Brasil

A Telexfree foi uma das maiores pirâmides do Brasil, causando um prejuízo estimado na casa dos bilhões em cerca de 2 milhões de clientes. A pirâmide financeira também atuou em outros países, incluindo Portugal.

Depois de 7 anos de investigações, a justiça de Portugal decidiu que não há culpados no caso da Telexfree, já que as vítimas estavam cientes da natureza do esquema.

De acordo com informações do site Dnotícias, a decisão foi tomada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. A entidade decidiu arquivar o inquérito referentea Telexfree, alegando que, de acordo com as investigações, foi determinado que os queixosos (vítimas do golpe) não foram enganadas porque sabiam que estavam se envolvendo com uma atividade ilegal e com alta probabilidade de perder dinheiro.

A decisão está ligada apenas com a jurisdição de Portugal e por isso não tem nenhuma relação com a situação da empresa e dos acusados aqui no Brasil, já que a investigação e o processo contra a Telexfree em território nacional ainda corre na justiça.

Essa não é a única vez que a justiça determina que as vítimas de um golpe assim não são exatamente vítimas.

Em janeiro de 2020 a Justiça chegou a determinar que as pessoas deveriam ter vergonha de dizerem que caíram no conto do vigário da Unick Forex.

Na ocasião, o juiz disse que os clientes deveriam desconfiar do esquema da Unick, e até mesmo afirmou que o processo contra a empresa iria forçar o estado a legalizar a oferta ilegal da empresa acusada de pirâmide.

Telexfree continua “sem culpados” no Brasil

Carlos Wanzeler, criador da TelexFree

Carlos Wanzeler, o criador da Telexfree está aguardando julgamento. Há alguns meses a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu pela extradição de Wanzeler para os EUA, onde ele também responde processo pelo esquema Ponzi.

Wanzeler chegou a perder a cidadania brasileira para poder possibilitar a extradição para o país norte-americano.

Nos EUA, um dos associados de Carlos Wanzeler já foi condenado a 6 anos de prisão, pena que provavelmente seria a mesma do criador da Telexfree.

O problema é que pouco tempo depois, o ministro Marco Aurélio suspendeu a extradição do acusado, fazendo com que o julgamento demore mais tempo.

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Matheus Henrique
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Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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