Temendo crise bancária, stablecoin move US$ 1 bilhão para as Bahamas

A estratégia é claramente uma fuga da crise bancária dos EUA. Afinal, antes disso a emissora da TrueUSD usava bancos americanos como Signature e Silvergate, ambos fechados assim como o SVB.

O setor das stablecoins está em grande mudança devido à crise bancária que assombra os EUA. Um grande exemplo é a movimentação de mais de US$ 1 bilhão feita pela TrueCoin, emissora da TrueUSD (TUSD), para as Bahamas.

Portanto, a TrueUSD quer evitar o que aconteceu com uma de suas maiores rivais, a USDCoin (USDC). Para relembrar, a USDC perdeu a paridade com o dólar na semana passada após revelar que US$ 3,3 bilhões estavam presos no Silicon Valley Bank.

Somado a isso, a mitigação de riscos também pode envolver reguladores americanos. Afinal, a crise das stablecoins começou ainda em fevereiro, quando o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York proibiu a emissão da Binance USD (BUSD).

Lastreada em dólar, mas fora da cadeia de bancos dos EUA

Apesar de famosa, a TrueUSD (TUSD) era uma stablecoin pequena no início deste ano, com apenas US$ 755 milhões em valor de mercado. No entanto, a crise da BUSD, USDC e DAI fez as reservas da TUSD dispararem para cima dos US$ 2 bilhões.

Destes US$ 2 bilhões, o relatório em tempo real aponta que US$ 1,43 bilhão estão no banco Nassau Union, localizado nas Bahamas.

Relatório em tempo real aponta que boa parte das reservas do TUSD estão em banco das Bahamas.

A estratégia é claramente uma fuga da crise bancária dos EUA. Afinal, antes disso a emissora da TrueUSD usava bancos americanos como Signature e Silvergate, ambos fechados assim como o SVB.

Tether (USDT) também está aproveitando a crise

Outra stablecoin que está se beneficiando deste cenário é a Tether (USDT), muito criticada anteriormente. Desde o inicio do ano, o USDT ganhou US$ 7,3 bilhões em valor de mercado, chegando a US$ 73,4 bilhões nesta semana.

Mesmo assim, as informações sobre a Tether são poucas. Paolo Ardoino, CTO da Tether, apenas comentou em suas redes sociais que sua stablecoin não tinha nenhuma exposição ao Signature, SVB ou ao Silvergate.

Paolo Ardoino, CTO da Tether, afirmando que USDT não tinha nenhuma exposição aos três bancos quebrados.

Portanto, é possível que a Tether esteja usando a mesma estratégia da TrueUSD, ou seja, escolhendo bancos estrangeiros para lidar com os bilhões que dão lastro a sua stablecoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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