A Tether, que é a operação por trás da stablecoin USDT, divulgou o encerramento do suporte a três blockchains para sua moeda estável, entre elas a Omni Layer, uma L2 do Bitcoin.
Além disso, a USDT deixará de ser emitida na rede Bitcoin Cash e na Kusama, outras blockchains que surgiram com inspiração no BTC.
Quem ainda tem USDT nas redes citadas no anúncio ainda podem resgatar suas moedas, que continuam funcionando.
No entanto, a Tether não emitirá novas unidades de USDT nas redes afetadas pelo anúncio, ocorrido na última quinta-feira (17). De acordo com a nota da empresa, a remoção do suporte as redes ocorre por uma demanda do próprio mercado.
“Estamos tristes de remover o Tether (USDT) da rede L2 do Bitcoin”, disse CTO
Sem novas unidades de USDT nas redes Bitcoin Cash, Kusama e Omni Layer, uma antiga L2 do Bitcoins, a moeda se concentrará nas emissões de moedas em outros protocolos.
Os usuários ainda contarão com suporte e resgate das suas criptomoedas nas redes afetadas por 12 meses, contando a partir do dia 17 de agosto de 2023. Após isso, a Tether não deverá mais manter as atividades nas blockchains.
De acordo com Paolo Ardoino, o CTO da Tether, a decisão de deixar de emitir a USDT na rede Omni é a que mais lhe incomoda e deixa triste, visto que foi a primeira blockchain a dar suporte a stablecoin, ainda em 2014.
“Essa decisão nos incomoda, especialmente em relação à camada de transporte inicial Omni Layer, Tether $USDt que começou em 2014. Ao longo dos anos, a Omni Layer enfrentou desafios devido à falta de tokens populares e à disponibilidade de $USDt em outras blockchains. Isso levou muitas exchanges a favorecer camadas de transporte alternativas, levando a um declínio no uso de $USDt no Bitcoin usando a Omni Layer. Como uma organização de princípios, devemos permanecer consistentes e transparentes e aderir a processos abertos, mesmo que isso implique escolhas difíceis.”
“Ainda acreditamos que o Bitcoin é a blockchain mais segura e auditada de toda a história”, diz Ardoino
Apesar do fim do suporte da USDT na Omni Layer, a Tether já prepara um lançamento de suas stablecoins na L2 RGB do Bitcoin. Ou seja, os planos de emissão não se afastaram do ecossistema BTC, apenas buscaram uma forma mais prática de envios.
Segundo o CTO da Tether, a RGB do Bitcoin funciona tanto na rede principal quanto na Lightning Network, o que confere transações muito mais escaláveis.
“No entanto, queremos enfatizar que a equipe da Tether está enraizada na crença de alavancar o blockchain mais seguro, auditado e descentralizado já construído: Bitcoin“, disse Paolo Ardoino, via X (ex-Twitter).
O executivo da Tether não forneceu publicamente uma data de quando a solução USDT na RGB chega no mercado, mas tudo indica que os testes já começaram.
Today #Tether announces the ending of the support of 3 blockchains $USDt: OmniLayer, BCH-SLP and Kusama.
Customers will be able to continue to redeem and swap $USDt tokens (to another of the many supported blockchains), but Tether won't issue any new additional $USDt on those 3… https://t.co/aghLgqtSuO— Paolo Ardoino 🍐 (@paoloardoino) August 17, 2023