A Tether que expandir suas funcionalidades de criptomoeda estável em Dólar pela América Latina, mirando o volume de negociações, assim como economias quebradas pela alta inflação.
Diferente do Bitcoin, a Tether é uma moeda digital controlada por uma empresa, no caso a iFinex, que também detém a corretora Bitfinex. Além disso, seu preço não é volátil no mercado, visto que sua cotação depende e oscila ao redor do Dólar.
Para justificar a sua criação, essa moeda afirma ser uma moeda distinta de governo e puramente digital. Outra explicação que a Tether dá para que as pessoas acreditem na tecnologia é que essa pode ser facilmente detida por qualquer pessoa, sem relação com instituições bancárias.
Como stablecoins podem ser lastreadas em qualquer moeda fiduciária, por exemplo, nada impediria de existir uma Tether em Real no futuro, ou um “BRLT”. A Tether divulgou então o que planeja realizar com sua tecnologia, mostrando um projeto ambicioso pelo mundo.
Tether quer expandir suas funcionalidades para a América Latina
Desde 2021, quando El Salvador foi o primeiro país a legalizar o Bitcoin como moeda de curso legal, o mundo da criptoeconomia voltou os olhos para a América Latina.
Essa região ficou em destaque com o episódio e países como México, Argentina e Brasil acabaram ganhando visibilidade. Um dos problemas desses países também é a moeda nacional deles, que enfrentam problemas com extremas desvalorizações, principalmente perante o Dólar.
E com uma realidade assim, a Tether planeja levar mais opções para que pessoas usem sua moeda lastreada em Dólar, pagando por serviços facilmente e sem depender de estruturas bancárias complexas.
Em uma publicação nesta semana, a Tether indicou que está de olho no volume de uso do USDT na região, sendo a moeda mais usada.
“É o criptoativo mais usado na região e seu principal caso de uso é o envio de remessas. Dado que uma grande proporção de latino-americanos vive fora do país, o mercado de remessas que entra e sai do país tem crescido exponencialmente.”
O olhar da empresa que detém a moeda já acredita que pessoas estão aceitando Tether por serviços e negociações P2P.
Tether já se enraizando na Argentina
Um dos casos de uso do Tether na região se destaca na Argentina, país onde o USDT está sendo integrado com carteiras Strike. Assim, que quer ter Bitcoin ou Tether pode usar apenas a aplicação e aproveitar as vantagens.
“O USD₮ permite que os argentinos acessem um mercado verdadeiramente global e os libera dos mercados negros locais com liquidez altamente restrita, resultando em altos prêmios. Também os capacita a manter o Tether de maneiras que não podem ser confiscadas pelo governo, ao contrário das contas bancárias locais.”
Sobre os problemas de confiança no USDT, a Tether se defendeu dizendo que tem Reservas Consolidadas para sua moeda, prometendo um esforço contínuo para manter seu sistema funcionando, inclusive com apoio de reguladores.
Vale lembrar, contudo, que o Bitcoin é uma tecnologia diferente e descentralizada que também se propõe a alcançar pessoas e causar impactos reais em populações de países afetadas por moedas fracas emitidas pelos governos, principalmente na América Latina.
Nas últimas 24 horas no Brasil, a Tether foi a segunda moeda mais negociada pelos traders do país, atrás apenas do Bitcoin, segundo dados do Mercado Cripto.