O Bitcoin recuou para os US$ 35.000 nesta terça-feira (14), pausando seu histórico de ganhos das últimas semanas. Como consequência, traders foram liquidados em R$ 1,4 bilhão nas últimas 24 horas.
Deste valor, R$ 610 bilhões são de negociações de Bitcoin e outros R$ 300 milhões de Ethereum, que também operava em queda. Sendo assim, R$ 490 milhões foram liquidados em outros pares de negociação.
Cerca de 79% dos traders liquidados estavam com posições de compra abertas, também chamadas de long. No entanto, alguns ursos também perderam dinheiro, cerca de R$ 320 milhões, apostando na queda das criptomoedas.
Na contramão, algumas que surpreenderam o mercado foram a Solana (SOL), Avalanche (AVAX), Celestia (TIA), Ordinals (ORDI) e dYdX (DYDX), liquidando mais posições vendidas (shorts) do que longs.
Analistas alertam para queda no curto prazo no Bitcoin
Antes mesmo da queda do Bitcoin para os US$ 35.000, analistas famosos no mercado de criptomoedas mostraram-se preocupados com o Bitcoin no curto prazo. Nas redes sociais, Scott Melker recomendou que seus seguidores tenham atenção.
“Momento razoável para esperar uma acalmada, mas o Bitcoin nem sempre segue as regras. Resistência chave do colapso da LUNA, sobrecompra com divergência de baixa. Tome cuidado.”
Já no YouTube, Tone Vays comentou que o mercado deve passar por mais quedas nos próximos dias e que, após isso, então será a hora de reavaliar o mercado. Indo além, o trader também comentou que a SEC tem até a próxima sexta-feira (17) para aprovar os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA.
“Vocês sabem o que eu penso, eles virão com outra desculpa”, comentou Vays sobre a postura da SEC, acreditando que a Comissão não aprovará os ETFs neste mês. “Tudo vai depender do que a SEC falar”, continuou, notando que o BTC também pode fazer um ‘pullback’, voltando a subir.
Touros de Bitcoin estão sem folego
Nesta terça-feira (14), os EUA anunciaram que a inflação anual do mês de outubro ficou em 3,2%. Embora ainda longe da meta do Fed, de 2%, a inflação veio abaixo do esperado, o que animou os mercados.
Como exemplo, o ouro subiu 1,3% logo após a divulgação dos dados de inflação dos EUA. Já índices como S&P500 e Dow Jones Industrial também apresentaram bons ganhos, subindo até 2,2% e 1,73%, respectivamente, no gráfico diário.
Embora a notícia também fosse boa para o Bitcoin, já que a queda na inflação significa que o Fed está mais próximo de cortar a taxa de juros, a maior criptomoeda do mercado foi na contramão dos outros ativos acima. Na terça-feira (13), o Bitcoin fechou o dia em queda de 2,5%.
Portanto, isso significa que os touros estão sem folego, precisando respirar antes de continuar esse rali. Afinal, o Bitcoin já valorizou 120% em 2023, sendo difícil encontrar outro investimento tão rentável no mesmo período.
Por fim, o Bitcoin já recuperou boa parte de suas perdas nesta quarta-feira (14) após quatro dias de queda. No momento desta redação, o BTC está sendo negociado por US$ 36.400.
Sendo assim, é possível que alguns traders estejam realizando lucros, mas é difícil acreditar que muitos estejam apostando contra o BTC com uma tendência de alta tão clara nos gráficos.