Em novo texto publicado nesta quinta-feira (6), a União Europeia afirma que está expandindo suas antigas sanções à Rússia, principalmente aquelas relacionadas a criptomoedas.
Anteriormente, as sanções permitiam que empresas como corretoras e carteiras de custódia atendessem russos, mas com um limite de 10.000 euros (R$ 51 mil). Agora, tal valor foi reduzido para zero, ou seja, um banimento completo.
Tais sanções começaram em março deste ano e desde então estão se ampliando conforme a Rússia não mostra interesse em abandonar sua investida militar sobre a Ucrânia.
Conforme o texto, o novo pacote de sanções também amplia o escopo de serviços que não podem mais ser fornecidos ao governo da Rússia ou empresas do país: agora incluem consultoria de TI, assessoria jurídica, arquitetura e serviços de engenharia.
Rússia estava vendo as criptomoedas como uma saída
Ainda nesta semana, o Livecoins reportou que a Rússia estaria pronta para permitir que empresas aceitem Bitcoin em acordos internacionais. Além disso, o país também estaria trabalhando em fornecer energia para mineradores do Cazaquistão.
Portanto, a jogada da União Europeia pode ter ligação com as últimas declarações do governo russo. Afinal, as criptomoedas poderiam ser uma saída para a Rússia fortalecer sua economia, hoje abalada tanto pelos custos da guerra quanto pelas sanções de outros países.
No comunicado, a UE cita um “banimento completo”. Portanto, é esperado que corretoras internacionais deixem de atender a população russa de imediato.
“As proibições existentes sobre criptomoedas foram reforçadas com a proibição de todas as carteiras, contas ou serviços de custódia de criptomoedas, independentemente do valor na carteira (anteriormente era permitido até 10.000 euros).”
De acordo com a UE, as sanções contra a Rússia estão se mostrando eficazes. Elas estão prejudicando a capacidade da Rússia de fabricar novas armas e reparar as existentes, além de dificultar o transporte de material.
Também nesta semana, o projeto de lei Markets in Crypto Assets (MiCA) foi dado como pronto por representantes da União Europeia, sendo este o primeiro e mais completo na região.
Além disso, a UE está querendo que carteiras de criptomoedas não custodiais identifiquem seus usuários.
Por fim, até pouco tempo a Rússia não era tão fã das criptomoedas, assim como diversos países na Europa. Entretanto, precisou mudar sua opinião dada suas circunstâncias atuais.
Do outro lado, a Ucrânia também começou a utilizá-las, principalmente por doações para compra de equipamentos militares.
Infelizmente, a adoção das criptomoedas nestes dois países acontece da pior maneira possível, em meio a uma guerra, mas é mais uma amostra da necessidade destes ativos.