A Universidade de São Paulo (USP), considerada a maior do Brasil, fechou um convênio para pesquisa em tokenização de ativos em blockchain.
De acordo com apuração do Livecoins, a pesquisa foi assinada no final de novembro de 2024, mas se tornou oficial apenas nos últimos dias.
Para coordenar o projeto, o professor Marcos Antonio Simplicio Junior foi o escolhido para o novo projeto de pesquisa. Este atua atualmente como docente na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP).
O professor Marcos, que também atua na Unicamp (Campinas), já publicou diversos artigos sobre blockchain e tecnologias P2P, além de ter participado de iniciativas privadas de pesquisa com a Ripple e Bradesco no passado.
Com mais de um século de pesquisas no Brasil, fundada em 1893, a EPUSP se incorporou a USP em 1934 e se tornou uma das maiores formadoras de engenheiros do Brasil.
USP destina recurso para pesquisa de tokenização de ativos em blockchain
Apuração do Livecoins encontrou informações sobre o novo projeto de pesquisa encaminhado pela USP envolvendo a tokenização de ativos ligados ao setor imobiliário. Assim, poderá surgir uma “Plataforma de Tokenização do Setor Imobiliário“.
Por meio de um convênio já aprovado, a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) irá trabalhar com a empresa “Instituto de Pesquisas em Blockchain LTDA.”
“O objetivo do plano de trabalho é a construção de uma prova de conceito capaz de demonstrar os potenciais benefícios de técnicas de digitalização de ativos no ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, usando tecnologias modernas de tokenização como Blockchain e Livros-Razão Distribuídos (Distributed Ledger Technology – DLT).”
Para o projeto, o valor inicial destinado é o de R$ 504.000,00, para que testes sejam realizados com a pioneira tecnologia. O acordo terá um prazo de 16 meses, devendo finalizar no início de 2026.
USP já avaliou a criação de uma criptomoeda própria
A USP também tem um projeto de pesquisa já concluído chamado U$P Coin. Na pesquisa, que teve financiamento pela Ripple, empresa por trás do XRP, os professores avaliaram uma moeda para circular internamente a faculdade.
“Para atingir esse objetivo, estamos propondo a criação de uma moeda digital (uma USPcoin, ou U$P para abreviar) que pode ser usada dentro da universidade para a troca de serviços e suprimentos entre laboratórios, pessoal de pesquisa e startups.”
De acordo com apuração da reportagem, a maior universidade brasileira mantém um centro de pesquisa sobre o tema, o USP Blockchain Research Initiative (UBRI). No site é possível inclusive acompanhar alguns artigos técnicos e materiais produzidos pelos pesquisadores, mostrando a importância do tema na faculdade.