O domínio 555.eth, do Ethereum Name Service (ENS), foi vendido por 55,5 Ether (ETH), no valor de R$ 786.000. Desta forma, este é um dos domínios ENS mais caros já adquiridos, ficando atrás apenas de outros como wallet.eth e crypto.eth.
Seu novo dono é um colecionador chinês que afirmou ter realizado a compra “por diversão” após o clube “10k” ser criado. Este se descreve como “um clube social da web3 para detentores de domínios ENS de 0 a 9999”.
Por enquanto, eles têm apenas um canal no Discord, contudo, isso já parece ser o suficiente para chamar a atenção do público. Afinal a atividade de compras destes domínios está crescendo.
O preço mínimo para um domínio de três letras já subiu para 7 ETH, equivalente a R$ 99.000 no momento desta redação. Conforme estes domínios são NFTs, vale notar que existem apenas 1.000 deles. O custo para mantê-los é de 640 dólares (R$ 3.150) por ano, mais caro do que outros.
Já os domínios de quatro letras têm um preço mínimo muito mais baixo, de 0,06 ETH, conforme o PopRank. Assim como nos domínios DNS, o número de caracteres está ligado a escassez. Afinal, aqui existem 10.000, dez vezes mais do que domínios de três números.
Além disso, os usuários da ENS receberam um token homônimo. Cotado a R$ 86 nesta sexta-feira (29), e com uma capitalização de mercado de R$ 1,75 bilhão, este é um token de governança que pode ser utilizado para votar no futuro do projeto.
Investimento arriscado
A receita do projeto está baseada na renovação dos mesmos. Enquanto domínios de três dígitos custam US$ 640 e os de quatro US$ 160, aqueles com cinco dígitos ou mais custam apenas US$ 5. Entretanto, hoje sua maior barreira são as altas taxas de transação do Ethereum, muitas vezes maiores que o custo do próprio domínio.
Além disso, no momento os ENS ainda estão longe de serem tão populares quanto os domínios padrões, como os .com. Contudo, muitos estão especulando que eles serão ainda mais valiosos no futuro devido as suas características, como a resistência a censura.
Portanto, no momento estes preços são puramente especulativos e tais investimentos são de alto risco, mesmo que alguns estejam fazendo isso “por diversão”. De qualquer maneira, a ideia de criar um “clube” para donos de certos domínios é curiosa, afinal pode aumentar a demanda pelos mesmos.