Via Varejo investe em startup de criptomoedas

Rival da Magazine Luiza atravessando grande transformação digital.

A Via, antiga Via Varejo, listada na B3, fez um investimento em uma startup de criptomoedas pela primeira vez, em busca de inovações no setor de pagamentos digitais.

Não está claro ainda se esse movimento representa um interesse da companhia em aceitar criptomoedas como pagamento, mas já mostra um importante movimento de adoção no Brasil, após grandes empresas públicas dos Estados Unidos entrarem no setor de Bitcoin.

Uma delas é a MicroStrategy, que comprou mais de 100 mil Bitcoins como reserva de valor. Outra foi a Tesla, empresa que tem Elon Musk como CEO e também comprou cerca de 40 mil BTCs.

Além de ver grandes empresas comprarem criptomoedas, outras passaram a aceitar como meio de pagamento.

Vale notar que empresas listadas na bolsa no Brasil já haviam se envolvido com o mercado de criptomoedas e blockchain, como a IRB-Brasil, que com a ajuda da B3, criou uma plataforma blockchain para seguros.

O Banco do Brasil também utilizou essa tecnologia para venda de imóveis, mostrando que as aplicações são grandes e em diversos setores da economia.

Antiga Via Varejo investe em startup de criptomoedas

De acordo com um comunicado ao mercado brasileiro, a antiga Via Varejo é uma das grandes companhias de olho no desenvolvimento do mercado de criptomoedas e suas potenciais aplicações.

O investimento foi na startup com sede em Belo Horizonte byebnk, que atua no segmento de gestão de investimentos em criptomoedas e pretende ampliar seus serviços para tokenização de ativos. Além disso, a startup deverá começar a focar em educação financeira, após o aporte da Via.

“A byebnk é uma plataforma de gestão de investimentos em criptomoedas, e que está ampliando sua atuação para possibilitar aos seus clientes/usuários a realização de investimentos em ativos tradicionais através da chamada “tokenização” (transformação de ativos financeiros em criptomoeda). Além da gestão de investimentos, a byebnk também tem como propósito oferecer serviços de educação financeira aos brasileiros.”

O aporte minoritário foi feito através do programa Via Next, que prevê que a companhia invista R$ 200 milhões em startups pelos próximos cinco anos. Não foram divulgados valores de quanto cada empresa recebeu na rodada de investimentos e nem quanto pertence a antiga Via Varejo.

De qualquer forma, o intuito é melhorar sua transformação digital e levar mais experiências de negócios aos clientes. Essa empresa, que tem como principal rival a Magazine Luiza, é dona das Casas Bahia, Ponto (antiga PontoFrio), Extra, entre outras marcas.

Outras duas que receberam aportes da Via foram a GoPublic, uma empresa de SaaS, e a Poupa Certo, empresa de gestão e educação financeira com atuação em vários países da América Latina.

No final da nota, a Via deixou claro que acredita muito no potencial da tecnologia para criar negócios, mostrando que está aberta a experimentas inovações em seu negócio e, quem sabe, até aderir às criptomoedas de vez.

“A Via acredita na união entre negócios e tecnologia para transformar e melhorar a experiência e possibilidades dos seus clientes. Estamos com as portas abertas à inovação e temos ainda diversas oportunidades para encurtar caminhos e destravar valores em nosso ecossistema, além de gerar negócios que vão além do varejo.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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