A XP Investimentos, dona da antiga corretora de Bitcoin, a XDEX, pediu um registro de marca para corretagem de criptomoedas novamente. A XDEX encerrou suas operações no Brasil em 2020, após ter um modelo de compra de criptomoedas que não permitia aos clientes sacar bitcoin para suas carteiras próprias.
Após isso, a XP já trabalhou com produtos relacionados a criptomoedas listados pela B3, como ETFs e fundos de investimentos.
Mas em junho de 2021, o Estadão disse que a XP estaria se preparando para lançar uma corretora de criptomoedas e entrar com os dois pés no mercado, principalmente após a saída do Itaú de sua sociedade, que era um empecilho ao movimento até 2021.
Conforme o pedido feito pela XP Investimentos, serviço de corretora de criptomoedas seria possível
Provavelmente você nunca ouviu falar da marca “XTAGE“, mas ela foi protocolada no INPI no final de janeiro de 2022.
Na última terça-feira (8), o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual publicou o registro para contestação, envolvendo a famosa corretora XP Investimentos como autora do pedido.
Na especificação do pedido, fica claro que a marca deverá trabalhar com serviços de informações sobre criptomoedas, corretagem, câmbio, gestão de carteiras, dentre outros mais.
Chama atenção que o pedido de registro da XP Investimentos também menciona os “CriptoTítulos”, ativos digitais, cadeia de blocos, entre outros termos que podem dar a entender que essa marca poderia eventualmente se envolver com tokens e similares.
Além de criptomoedas, a compra e venda de metais preciosos, ações e fundos de investimentos também é mencionada pela XP no registro da XTAGE. Vale lembrar que a empresa já controla marcas famosas como a Clear Corretora, Rico, Xpeed School, Leadr, entre outras.
XP de volta?
Caso se comprove que essa seja a marca da XP Investimentos para trabalhar novamente com criptomoedas no Brasil, ela marca um retorno ao mercado que saiu há pouco mais de 1 ano.
Vale lembrar que 2021 foi marcado por uma ampla adoção institucional ao mercado de criptomoedas e muitas empresas estão se envolvendo com o Bitcoin, como a MicroStrategy, Tesla, SpaceX, entre outras famosas que já compraram a moeda digital como reserva de valor.
Ou seja, em caso de uma adoção em massa também no Brasil, quem estiver posicionado no mercado atenderá a essa demanda. Um de seus principais concorrentes, o BTG Pactual, também está lançando a Mynt, plataforma que negociará Bitcoin e Ethereum.
Procurada pelo Livecoins para comentar sobre o assunto, a XP preferiu não explicar o registro de marca neste momento.