YouTube remove vídeos sobre criptomoedas alegando que são “Nocivos ou perigosos”

Ação da plataforma de vídeos está sendo chamada de "Carnificina cripto do Youtube"

O Youtube, a maior plataforma de compartilhamento de vídeos do mundo começou a remover alguns vídeos relacionados a criptomoedas e bitcoin.

Vários Youtubers que produzem conteúdo sobre moedas digitais relataram que tiveram seus vídeos excluídos pela plataforma sem aviso prévio.

A gigante da tecnologia disse que esses vídeos  “violavam suas diretrizes de conteúdo”, sendo  “nocivos ou perigosos” ou como “venda de produtos regulamentados”.

Um conhecido Youtuber da comunidade de criptomoedas relatou no twitter que o Youtube removeu a maioria de seus vídeos, alegando que eram “conteúdos nocivos ou perigosos”.

O Youtuber produz vídeos sobre criptomoedas há mais de dez anos, tendo mais de 200 mil inscritos e mais de sete milhões de visualizações.

Outro produtor de conteúdo, o “Node Investor” também twittou que um de seus vídeos foi removido da plataforma.

“O Youtube removeu a maioria dos meus vídeos sobre criptomoedas alegando “conteúdo nocivo ou perigoso” e “venda de mercadorias regulamentadas”… faz 10 anos que eu produzo vídeos, mais de 200 mil inscritos e mais de 7 milhões de visualizações. Que P**** vocês estão fazendo Youtube?”

Ivan on Tech também teve vídeos removidos

Um dos mais populares Youtubers sobre bitcoin do Mundo também teve um de seus vídeos removidos.

Ivan On Tech, um canal com mais de 210 mil inscritos, que tem hábito de publicar notícias diárias sobre criptomoedas e produzir conteúdo educacional disse que “Carnificina Cripto do Youtube” o atingiu.

De acordo com o relato do educador, a plataforma de vídeos alegou que o conteúdo era nocivo.

Canais sobre criptomoedas no Brasil também têm vídeos removidos

Um vídeo publicado no Canal Vô Epa relata situações semelhantes que vêm acontecendo com canais brasileiros.

De acordo com o vídeo, o Youtube não está mais dando alcance ao conteúdo produzido em seu canal.

Outro canal que foi afetado pela ação é o Bit Nada, um dos mais conhecidos sobre criptomoedas do Brasil. Um imagem compartilhada em uma rede social mostra a mensagem do Youtube.

Além de ter o vídeo removido, o Youtube faz também uma advertência, caso conteúdo similar seja publicado novamente, medidas mais duras poderão ser tomadas, como exclusão do canal, por exemplo.

Entretanto, não está claro porque o vídeo é “nocivo ou perigoso”, Felipe Escudeiro, dono do canal, disse que o motivo é bem genérico. “O que eu fiz de errado? Como saber pra me precaver?”, disse.

Outro canal Brasileiro é o Cripto Chaps, que recebeu dois Strikes (dois vídeos removidos) e por isso não poderá publicar mais conteúdo por duas semanas.

No relato de Douglas Malvaccini, o Youtube começou uma “onda de Strikes”, e ele foi afetado duas vezes.

O Youtuber pede ajuda de seus seguidores para compartilhar a informação.

O que diz o Youtube?

Um Youtuber com mais de 119.000 assinantes questionou o Google sobre o motivo que levaram a plataforma a deletar um vídeo publicado há mais de dois anos.

A plataforma de compartilhamento de vídeos respondeu dizendo que após revisar o conteúdo identificou que ele era “nocivo”, e que “violava sua política de conteúdo”.

Embora não esteja certo, a ação do Youtube pode ter relação com a febre de golpes envolvendo criptomoedas que assolaram o mercado em 2019.

Estimasse que mais de US $ 20 bilhões foram perdidos em golpes com moedas digitais este ano, a maior parte por pirâmides financeiras, como a One Coin (US $ 12 bi) e a Plus Token (US $ 3 bi), ambas foram promovidas por canais no Youtube.

Entretanto, alguns canais que produzem conteúdo educacional estão sofrendo as consequências desses golpes.

O que é “conteúdo Nocivo” na visão do Google?

Drogas, explosivos, Álcool e agora, “Bitcoin”, pelo menos é o que parece.

No guia de conteúdo do Youtube não há qualquer citação as criptomoedas ou ao Bitcoin.

A plataforma diz que não pode haver links para “sites de Casinos e Jogos Online”.

Talvez essa seja a única categoria que as moedas digitais possam se aplicar, já que no guia de conteúdo, outras citações sobre o que é “nocivo ou perigoso” nada tem a ver com Bitcoin.

Por exemplo, no guia do Youtube é proibido fazer conteúdo sobre drogas, explosivos, órgãos, armas de fogo e outras coisas que não fazem sentido para um vídeo sobre Bitcoin.

Além disso, constantemente o Bitcoin é visto por autoridades como uma “aposta”.

Mas não há nenhuma confirmação da empresa sobre isso.

Guia do Google, o que não é permitido
Guia do Google, o que não é permitido

O Livecoins entrou em contato com o Google para entender melhor o que está acontecendo, até o fechamento da matéria ainda não havíamos recebido resposta.

Conteúdo sobre Bitcoin tem alcance reduzido pelo Youtube

Outra reclamação recorrente em diversos grupos de produtores de conteúdo diz respeito a audiência dos vídeos relacionados a Bitcoin e outras criptomoedas.

De acordo com estatísticas, vários vídeos não estão mais tendo alcance, o Google não dá muita relevância mais para conteúdo sobre Bitcoin, e o Youtube não mostra vídeos sobre a moeda digital na sessão de vídeos recomendados.

Dessa forma, alguns produtores relatam quedas de até 70% na audiência.

Epaminondas do Canal Vô Epa disse ao Livecoins que descobriu através de uma enquete realizada com seus inscritos que pelo menos 40% não estavam mais recebendo notificações de seus vídeos.

Ainda não se sabe se existe uma ação manual da gigante das buscas ou se é falta de interesse geral sobre o assunto.

Seja como for, parece que o Google está com um olhar diferente sobre o mercado de criptomoedas.

Alguma coisa está acontecendo. A “carnificina cripto do Youtube” está em andamento.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Leia mais sobre:
Livecoins
Livecoinshttps://livecoins.com.br
Livecoins é o maior portal de notícias sobre Bitcoin e criptomoedas no Brasil.

Últimas notícias

Últimas notícias