Zcash/Reprodução
A criptomoeda Zcash pede junto ao INPI o registro no Brasil, de várias especificações. Considerada uma moeda privada, a criptomoeda tem como principais rivais de tecnologia a Monero, Dash e Verge.
De fato, essa solicitação foi feita recentemente também pela criptomoeda EOS. Na ocasião, conforme noticiado pelo Livecoins, a EOS pediu registro no INPI feito pela Block.one, que é a empresa que cuida do projeto.
Agora, com a chegada da Zcash, mais uma criptomoeda busca espaço no país, que cresce em adoção da tecnologia. Vale o destaque que mais de R$ 100 bilhões foram declarados para a Receita Federal desde agosto de 2019.
Em alguns países as criptomoedas privadas não tem uma boa aceitação. Desse modo, essa novidade pode ser importante para outros projetos.
A criptomoeda Zcash é famosa entre entusiastas de criptomoedas, com fundação em 2016. Isso porque, ela é uma das criptomoedas chamadas de privadas, que tem como foco anonimizar totalmente os usuários que fazem transações com ela.
Sua principal concorrente é a Monero, considerada a maior das criptomoedas privadas. Mesmo assim, a Zcash e Dash, além de inúmeras outras, buscam seu espaço nesse setor.
Atualmente, a Zcash é comandada pela Eletric Coin, uma companhia que comanda seu desenvolvimento. Parte de sua comunidade também é a Zcash Foundation, que trabalha com o desenvolvimento técnico da moeda.
E chamou atenção que a Zcash Foundation pediu no Brasil o registro de marca. Em uma publicação no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o INPI, na última terça-feira (21), a autarquia federal deferiu o pedido.
Dessa forma, a Zcash Foundation poderá desenvolver, no Brasil, produtos e serviços das classes NCL (11): 9 e NCL (11): 42. O registro foi feito com ajuda dos procuradores Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, do Rio de Janeiro.
O Livecoins procurou a Zcash Foundation para comentar o registro no Brasil, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. De qualquer forma, o país recebe atenção de mais uma criptomoeda.
A criptomoeda Zcash chega ao Brasil em um momento decisivo de sua história. Isso porque, a Eletric Coin Company (ECC) pretende passar por transformações.
A intenção é ser uma organização sem fins lucrativos, administrada pelo Projeto Bootstrap. Esse projeto é novo e foi anunciado no último dia 12 de outubro, como um avanço para o projeto.
“estamos anunciando o Projeto Bootstrap (Bootstrap), uma nova organização sem fins lucrativos 501 (c) 3 dedicada à elevação da humanidade através da tecnologia, descoberta científica, educação e organização humana”, afirmou a ECC
Com essa alteração, a Zcash pretende ser mais descentralizada do que atualmente. Além disso, diminui as tensões com países que tem “caçado” as criptomoedas privadas.
No entanto, a alteração depende da aprovação da comunidade Zcash, que deverá votar no próximo dia 23 de outubro pela mudança. Caso aprovada, a Fundação Zcash, que pediu registro da moeda no Brasil, passa a receber 5% do fundo de financiamento do projeto.
Outro ponto importante é que a Zcash passa por um halving em menos de 30 dias. Ou seja, haverá um impacto na mineração da moeda.
Em 2020, o Bitcoin também passou por um halving, diminuindo a recompensa por bloco pela metade. O halving é um mecanismo que as criptomoedas usam para controlar a inflação, reduzindo a oferta no mercado.
Apesar disso, a Zcash não tem sido tão popular como já foi em outros momentos. O preço da Zcash hoje é de R$ 333, registrando uma queda de 9% nas últimas 24 horas. Desde o seu lançamento em 2016, a ZEC já desvalorizou mais de 96% no mercado, apesar dos esforços em desenvolver a tecnologia, e hoje ocupa a posição 32 no market cap.
Na edição da revista de Marcas do INPI da última terça outros projetos de criptomoedas aparecem. Um deles é a CasperLabs, que é um projeto blockchain que saiu da Ethereum em março de 2020.
O foco do Casper hoje é o lançamento de projetos em sua própria blockchain, ou seja, é um novo concorrente do Ethereum. Outro que pediu registro no Brasil é o ILCOIN, que é um projeto relativamente novo e “concorrente” da Ethereum e do Bitcoin. No caso específico do ILCOIN, foi pedido o registro, que será avaliado pelo INPI.
Outro que pediu registro de marca e foi atendido pelo INPI é o fundo brasileiro de Bitcoin, o Hashdex. O fundo Hashdex que recentemente registrou o primeiro ETF de Bitcoin do mundo, agora tem posse de sua marca oficialmente no Brasil.
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