1.4 bilhão de dólares em criptomoedas já foram roubados em 2020

Desde golpes que ameaçam infectar famílias com o Coronavírus, até os golpes de phishing que se passam por outras entidades, os golpistas utilizaram a atual pandeia de diferentes maneiras para ganhar dinheiro através de criptomoedas.

Aparentemente a crise econômica e a pandemia do coronavírus não diminuiu a atividade de golpistas dentro do mercado de criptomoedas. Aliás, esse tem tudo para ser um ano lucrativo para as atividades ilegais, com a CypherTrace informando que já foram roubados cerca de US$ 1,4 bilhão (Mais de R$ 7 bilhões) desde o começo do ano.

Em seu relatório mais recente, a CipherTrace informou que esse ano tem tudo para ser um dos mais lucrativos na história para os golpistas.

“Nos primeiros cinco meses de 2020, os roubos, hackers e fraudes totalizaram US$ 1,36 bilhão, sugerindo que 2020 poderá ser o segundo ano mais lucrativo para crimes cibernéticos na história.”

A empresa também relatou que a grande maioria do lucro veio de criptomoedas roubadas de fraudes e apropriação indébita, com 98% do volume vindo dessas atividades ilegais.  “Fraudes” e “Apropriação indébita” são golpes bem conhecidos pelo mercado brasileiro, com empresas que prometem lucros, mas acabam fugindo com o dinheiro dos investidores.

Curiosamente, grande parte desse volume veio de um único golpe. Dos US$ 1,36 bilhão roubados durante 2020, US$ 1 bilhão veio de um único esquema Ponzi da china, chamado de Wotoken.

“O golpe prometia lucros incríveis e não realistas usando um software de trading com algoritmo especializado que não existia.

Eventualmente, um operador da Wotoken (que possuía ligações com o infame esquema PlusToken) roubou cerca de US$ 1 bilhão em cripto de mais de 715 mil vítimas.”

WoToken prometia ser uma “carteira inteligente” que trazia grandes retornos para seus usuários.

Ainda de acordo com o relatório, o Wotoken roubou: 46 mil Bitcoins, 2.03 milhões em ETH, 292 mil Litecoin, 56 mil BCash e 684 mil EOS.

O relatório também informa que, de acordo com o julgamento público do caso, o golpe que envolvia o marketing multinível ficou ativo de julho de 2018 a outubro de 2019, no entanto, ele foi revelado apenas em 2020.

Parte do dinheiro roubado ainda está sendo movimentado por diferentes mercados, sendo consistentemente lavados através de diferentes operações, que estão sendo rastreadas pela Cypher.

Outra curiosidade é que o esquema, WoToken, criou uma criptomoeda própria para que seus clientes pudessem utilizar. No entanto, a moeda não possui nenhum valor forma da própria plataforma do esquema.

Caso isso lhe pareça familiar, é porque o WoToken em muitas semelhanças com a empresa GenBit, acusada de ser pirâmide financeira.

Golpes envolvendo o coronavírus também aumentaram

Coronavírus abriu oportunidades para diferentes tipos de golpes Reprodução/MIT

Desde golpes que ameaçam infectar famílias com o Coronavírus, até os golpes de phishing que se passam por outras entidades, os golpistas utilizaram a atual pandemia de diferentes maneiras para ganhar dinheiro através de criptomoedas.

Esses foram golpes com muito menos sucesso do que as fraudes como o WoToken, no entanto, ainda assim eles fizeram diferença no volume total de ganhos com criptomoedas por atividades ilegais.

Até mesmo o mercado negro esteve bem ativo durante esse período, com a venda de equipamentos de proteção contra o coronavírus e até mesmo a venda de tratamentos. Ainda assim, as vendas de maior sucesso fora as de kits para golpes de phishing.

“Apesar da maioria dos produtos relacionadas a Covid-19 vendidos na darknet não venderem muito, os kits de phishing foram relativamente bem sucedidos.”

Táticas anti-lavagem de dinheiro estão dando certo

Apesar das táticas anti-lavagem de dinheiro com criptomoedas, golpistas estão ficando mais espertos.

Outro detalhe muito importante mencionado pelo relatório é que, apesar do aumento em valores roubados, o número de criptomoedas enviadas para corretoras caiu 45% em 2019. Isso pode significar que os golpistas estão tendo muito mais dificuldade para liquidar os ativos roubados.

Essa dificuldade pode ser graças aos métodos de AML (Anti-Lavagem de Dinheiro) que estão sendo adotados em todo o mundo. No entanto, a CipherTrace também afirma que os golpistas estão ficando mais inteligentes.

“Vale notar que os criminosos parecem estar ficando melhores em ofuscar a origem dos valores roubados antes de liquidá-los em exchanges.”

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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