Apesar de sanções, Rússia é o maior público de diversas corretoras de criptomoedas

Após reunir estes dados, Wu aponta que governos podem intensificar sanções a Rússia, obrigando tais exchanges a não fornecer seus serviços aos russos. Com isso, além da menor demanda, também podemos esperar forte diminuição da demanda por BTC e outras criptos, afinal a Rússia aparenta ser um dos maiores mercados do mundo.

Um estudo realizado pelo jornalista chinês Colin Wu mostra dados curiosos sobre o uso internacional de criptomoedas. Como destaque, a Rússia aparece como um dos principais públicos de diversas exchanges de criptomoedas.

Indo além, os russos são os que mais acessam três delas: Binance, OKX e Huobi. Com isso, Wu faz um alerta sobre mais pressão regulatória sobre estas e outras, o que pode impactar tanto a receita das empresas quanto o preço das criptomoedas.

Apesar do alerta, algumas exchanges já começaram a dificultar a vida dos russos. Como exemplo, a Binance já baniu russos que possuíam grandes montantes na corretora, a pedido da União Europeia. Já um usuário do Reddit reclamou, na semana passada, sobre o bloqueio de seus fundos pela Bitstamp.

Dominância russa em exchanges de criptomoedas

Conforme o estudo realizado por Colin Wu, a maioria dos acessos à Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo, é proveniente da Rússia. Além disso, os russos também são os que mais acessaram a OKX e a Huobi, outras duas gigantes do mercado, nos últimos 30 dias.

Tráfego de usuários em exchanges de criptomoedas, por país. Fonte: Colin Wu.

Além destas, a Rússia aparece como segundo maior público da Bybit, bem como o terceiro maior das exchanges Gate e Bitget. Portanto, isso mostra a força do Bitcoin e outras criptomoedas no país em guerra com a Ucrânia. O Brasil, por comparação, é aparece apenas na 4.ª posição da Binance, atrás da Rússia, Turquia e Argentina.

Jornalista prevê mais sanções à Rússia

Após reunir estes dados, Wu aponta que governos podem intensificar sanções a Rússia, obrigando tais exchanges a não fornecer seus serviços aos russos. Com isso, além da menor demanda, também podemos esperar forte diminuição da demanda por BTC e outras criptos, afinal a Rússia aparenta ser um dos maiores mercados do mundo.

“Leitura recomendada: analisando a base de clientes das exchanges centralizadas e a pressão regulatória das fontes de tráfego geográfico. Binance, OKX e Huobi podem enfrentar sanções contra a Rússia. OKX enfrentará pressão da China. Já Kucoin e Bybit enfrentarão pressão dos EUA e da Coreia do Sul.”

Nesta segunda-feira (9), o Bitcoin registrou seu menor preço desde julho do ano passado,  negociado a 32.000 dólares. Portanto, este pode ser mais um desafio ao Bitcoin que, embora seja descentralizado e incensurável, tais exchanges precisam cumprir leis e são o caminho mais fácil para comprar BTC.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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