Segundo novos dados divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB), o mês de maio de 2022 registrou recorde no número de declarações de investidores de criptomoedas no país. Os dados são obtidos pela autarquia após a entrega de dados mensais feitas por corretoras e pessoas jurídicas.
No Brasil, o mercado de criptomoedas movimenta milhões diariamente, mas com a queda dos últimos meses o volume nas corretoras sentiu os efeitos de uma desconfiança com a tecnologia financeira.
Desde 2019, a RFB reúne informações de investidores do país por meio da Instrução Normativa 1.888/2019, que obriga investidores e empresas a reportarem informações com criptomoedas.
Com queda do mercado, investidoras mulheres de criptomoedas diminuem operações no Brasil
Nos primeiros cinco meses de negociações com criptomoedas em corretoras no Brasil, o comportamento das investidoras mulheres ficou diferente em várias ocasiões. Isso porque, após registrar uma alta nos dois primeiros meses, essas investidoras começaram a abandonar suas operações de março em diante.
De acordo com novos dados revelados pela Receita Federal do Brasil, em maio de 2022, apenas 12,2% das operações feitas no país foram conduzidas por mulheres, uma realidade bem diferente dos 16% vistos em fevereiro do mesmo ano.
Com essa queda, as mulheres diminuem suas operações neste mercado, no menor nível apurado pela RFB desde julho de 2021.
Com relação ao Valor % de Operações, as mulheres diminuíram sua participação desde janeiro, quando registravam 15,3%, para 13,6% em maio de 2022.
Maio bate recorde de declarações de criptomoedas na Receita Federal e Bitcoin é a moeda com maior número de operações
Em junho de 2022, a Receita Federal divulgou uma queda nas declarações de brasileiros entre janeiro e abril desse ano, o que indicava uma similaridade com a baixa mundial no interesse por esse mercado, que não anda em boa fase de preços.
Segundo os dados da Receita Federal publicados agora em julho, referentes ao mês de maio, o número voltou a subir com a queda da criptomoeda Terra (LUNA), indicando que muitos investidores realizaram seus lucros em massa no período.
Neste mês de grande número de declarações, a moeda que recebeu maior valor de operações foi a Tether (USDT), mostrando que investidores buscaram garantir seu valor em Dólar.
Mesmo assim, o Bitcoin foi a segunda moeda com maior valor, embora tenha sido a que registrou o maior número de operações no mês.
Os dados da RFB foram disponibilizados nesta semana e ajudam a mostrar como os brasileiros negociaram em meio a um pânico global no mercado de criptomoedas.
