Reuters volta a atacar Binance: “descumprindo sanções”

Em matéria publicada nesta segunda-feira (11), a Reuters afirma que a Binance estaria descumprindo sanções americanas. As acusações são baseadas em uma investigação que aponta o uso da exchange por iranianos.

No mês passado, a agência de notícias já havia acusado a Binance de ajudar golpistas e traficantes, citando quantias bilionárias. A ligação entre os dois artigos está relacionado a não necessidade de realização de KYC durante anos, o que ajudou a popularizar a mesma devido a praticidade e, sobretudo, a privacidade.

Embora a Binance não seja uma exchange americana, a Reuters nota que a mesma poderia sofrer danos com isso, como ser impedida de acessar o sistema financeiro dos EUA, além de outros ligados à sua reputação.

Binance estaria funcionando em países sancionados

Mesmo que a Binance tenha contratado diversos nomes de peso para sua equipe jurídica, a Reuters afirma que a exchange não cumpriu medidas ligadas às sanções, especialmente sobre o Irã.

“Em 2018, os EUA restabeleceram sanções […] ao Irã junto as principais potências mundiais,” nota a Reuters. “Em novembro daquele ano, a Binance informou aos traders no Irã que não os atenderia mais, dizendo-lhes para liquidar suas contas.”

Entretanto, a investigação da agência de notícias reuniu informações de que alguns investidores do Irã continuaram usando a Binance após este comunicado. O principal ponto de falha seria a falta de KYC, o que permitia o uso da plataforma de forma quase anônima.

“Ela não precisava de verificação de identidade, então todos nós o usamos,” relata um trader iraniano que usou a Binance até setembro de 2021, data da implementação obrigatória de KYC.

Seguindo, a Reuters também nota que a popularidade da corretora cresceu no Irã e que os funcionários da Binance não só sabiam disso como também brincavam com o tema.

Mais tarde, a Rússia também sofreu sanções devido à guerra contra a Ucrânia. Mesmo assim, russos dominavam o tráfego da Binance em maio deste ano.

Mineração de Bitcoin cortada no Irã

Conforme o Bitcoin é um tanto novo, é difícil estipular qual o tamanho do seu papel em driblar sanções econômicas, especialmente sobre nações. Além disso, estas não tem interesse em promover uma moeda que não seja a sua.

Como exemplo, o Irã cortou a energia de centenas de mineradoras licenciadas no país, distanciando-se daquilo que poderia ser usado a seu favor. A taxa de hash do país, mostrada abaixo, reflete o desinteresse na área.

Taxa de hash do Bitcoin no Irã. Fonte: CCAF

Portanto, pode ser que um dia o Bitcoin tenha um grande papel na política internacional. De qualquer forma, os países precisarão comprar esta ideia, o que ainda está longe de acontecer.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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