A Tether, emissora da stablecoin homônima, publicou os resultados de uma auditoria independente sobre o saldo que respalda o valor de seu token USDT. Tal auditoria foi realizada pela empresa de contabilidade italiana BDO, uma das cinco maiores do mundo.
Em comparação a seu último relatório, a Tether reduziu sua exposição a papeis comerciais em 58%, de 20 para 8,5 bilhões de dólares. O plano da empresa é reduzir este número ainda mais.
Já as suas participações em dinheiro e depósitos bancários aumentaram em 32%, fornecendo menores riscos aos holders de USDT. A mudança de rumo acontece enquanto sua maior concorrente, a USDC, chega mais perto de ultrapassá-la em valor de mercado.
Tether contrata empresa de contabilidade italiana
Desde maio deste ano, a Tether viu cerca de 16 bilhões de dólares (R$ 83 bi) serem resgatados de sua stablecoin, a USDT. O principal motivo foi o colapso da TerraUSD (UST), que acabou levantando dúvidas sobre todo setor de criptomoedas que seguem o preço do dólar.
Como resposta, a Tether contratou a empresa de contabilidade italiana BDO, uma das cinco maiores do mundo, para realizar uma auditoria independente dos fundos que dão lastro à USDT.
Publicado nesta sexta-feira (19), o relatório aponta uma redução na exposição em papéis comerciais, bem como um aumento em seu saldo em dinheiro e depósitos bancários.
“Em 30 de junho, a CCR e a BDO confirmaram uma redução de mais de 58% nas participações em papéis comerciais pela Tether em relação ao trimestre anterior, de US$ 20 bilhões para US$ 8,5 bilhões, correspondendo com o compromisso da Tether com a comunidade”, aponta a nota publicada no site da Tether. “Conforme anunciado anteriormente, a exposição a papéis comerciais será reduzida para 200 milhões até o final de agosto de 2022 e para zero antes do final do ano. Durante o mesmo período, a Tether aumentou suas participações em dinheiro e depósitos bancários em 32%.”
Sendo assim, a auditoria confirmou que a Tether realmente possui mais dinheiro em caixa do que possui de tokens USDT. Entretanto, a menção de US$ 5,5 bilhões em “outros investimentos” arrancou críticas de alguns membros da comunidade, afinal, isso ainda é muito opaco para uma empresa que busca transparência.