Em nota publicada nesta sexta-feira (16), o Banco Central da Europa anunciou uma parceria com cinco empresas, incluindo a Amazon, para realizar testes com sua CBDC.
Das cinco escolhidas, cada uma focará em um caso de uso específico do euro digital. Portanto, enquanto a Amazon focará em pagamentos de comércio eletrônico, o banco CaixaBank testará o uso do euro digital em pagamentos online, e assim por diante.
Sendo assim, o BCE almeja modernizar seu dinheiro, torcendo que isso seja suficiente para interromper o crescente interesse dos europeus por criptomoedas como o Bitcoin. Afinal, as mesmas já foram chamadas de inúteis por Christine Lagarde, a presidente do BCE.
CBDCs viram tendência global
A corrida pelo desenvolvimento de CBDCs — sigla inglesa para moedas digitais de bancos centrais — está em alta. No total, 11 países já lançaram uma versão digital de seu dinheiro, incluindo a Nigéria e países pequenos da América Central.
Enquanto isso, outros 14 países já estão na fase piloto, há um passo do lançamento de sua CBDC. Aqui estão gigantes como a China, Rússia, África do Sul e Arábia Saudita.
Assim como Brasil, Canadá e Austrália, países da zona do euro também já estão na chamada fase de desenvolvimento de sua moeda digital. Embora ainda não tenha previsão de lançamento para a maioria delas, espera-se que boa parte delas seja lançada nos próximos anos.
Banco Central da Europa escolhe cinco empresas para testar sua CBDC
No total, 54 empresas se candidataram em abril deste ano para ajudar no desenvolvimento do euro digital. Já nesta sexta-feira (16), o Banco Central da Europa divulgou uma lista com apenas 5 escolhidas como parceiras.
“O objetivo deste exercício é testar quão bem a tecnologia por trás de um euro digital se integra com protótipos desenvolvidos por empresas.”
Sendo assim, a Amazon será a empresa responsável por testes no comércio eletrônico. Já o CaixaBank por transações online P2P, enquanto a Worldline desempenhará o mesmo papel, mas de forma offline.
Por fim, o banco Nexi testará a CBDC do BCE em pagamentos em pontos de venda comandados pelo beneficiário enquanto o EPI fará o mesmo, mas com pagamentos iniciados pelo pagador.
Ao modernizar seu dinheiro, espera-se também que o Banco Central da Europa tente diminuir ainda mais o papel e a adoção do Bitcoin e outras criptomoedas em seu território. Contudo, tal modernização não acabará com o principal problema das moedas fiduciárias, a impressão descontrolada pelos seus governantes.