Sam Altman (sim, mais um Sam) é o principal nome por trás do projeto ChatGPT, a inteligência artificial que todos estão falando. No entanto, o que poucos sabem é que o CEO do ChatGPT já criou uma criptomoeda polêmica.
Estamos falando da Worldcoin. Em suma, o projeto escaneia os olhos das pessoas, dando criptomoedas para estas como forma de recompensa.
No total, mais de 1 milhão de pessoas já tiveram suas retinas escaneadas, algumas delas no Brasil. Quando atacada sobre questões de privacidade, a Worldcoin respondeu que as imagens são apagadas logo após serem transformadas em códigos, mas a resposta não agradou a todos.
Na data, Edward Snowden, ex-NSA, afirmou que os hashes salvos podem ser comparados a escaneamentos futuros. Indo além, recomendou que as pessoas “não catalogue globos oculares.”
Quanto ao método diferenciado, o projeto aponta que esta seria uma forma justa de distribuição, com cada pessoa do mundo recebendo o mesmo montante, sem fraudes.
Inteligência artificial se torna novo debate mundial
Enquanto artistas mostram-se preocupados com a chegada de inteligências artificiais capazes de gerar imagens, como Dall-E e Midjourney, diversos outros setores analisando mudanças que ferramentas de texto como o ChatGPT terão no mundo.
Como exemplo, escolas já estão revendo seus métodos de ensino. Já a CNET, uma grande mídia americana, foi pega com mais de 70 artigos escritos por IA nesta semana, preocupando redatores, leitores e mecanismos de busca.
Além de seu uso final, outra grande polêmica destas inteligências artificiais está em sua entrada. Ou seja, estes programas precisaram analisar uma extensa base de dados para aprender, provavelmente sem o consentimento de seus criadores.
Por exemplo, algumas artes criadas por IA apresentam assinaturas borradas, retiradas das obras originais que foram estudadas, em suas criações.
“Estes são todos os retratos do Lensa onde os restos mutilados da assinatura de um artista ainda são visíveis. São os restos da assinatura de um dos vários artistas que [a IA] roubou”, aponta a artista Lauryn Ipsum.
I’m cropping these for privacy reasons/because I’m not trying to call out any one individual. These are all Lensa portraits where the mangled remains of an artist’s signature is still visible. That’s the remains of the signature of one of the multiple artists it stole from.
A 🧵 https://t.co/0lS4WHmQfW pic.twitter.com/7GfDXZ22s1
— Lauryn Ipsum (@LaurynIpsum) December 6, 2022
Portanto, os pontos acima parecem ter grande ligação com a criptomoeda Worldcoin. Afinal, as maiores preocupações das pessoas está relacionada a questões de privacidade e uso indevido de dados.
Quanto vale a Worldcoin?
Criada em 2021, a Worldcoin ainda não é negociada em nenhuma corretora, não possuindo valor, gerando ainda mais preocupações. Afinal, as pessoas que concederam suas retinas para esta base de dados nem sequer estão recebendo algo por isso.
Os mais desavisados, no entanto, começaram a comprar outra criptomoeda de mesmo nome, pensando que a mesma tivesse ligação com o ChatGPT e a OpenAI. Um clássico erro, que já aconteceu mais de uma vez com esta mesma criptomoeda.
Por fim, a grande dúvida é se alguma inteligência artificial pode usar tais retinas escaneadas de alguma forma. Afinal, tais programas já são surpreendentes. Por exemplo, o ChatGPT já criou uma carteira de criptomoedas. Portanto, tal tecnologia de IA deve evoluir com o passar dos anos, mas sem nenhuma preocupação com privacidade.