Hacker rouba R$ 120 milhões em criptomoedas e anuncia “aposentadoria”

“Nota: Apenas para fins de pesquisa educacional e de segurança. Nenhum software fornecido para intenção de uso ilegal”, diz sua mensagem, como se alguém fosse acreditar.

Conhecido como Monkey Drainer, este famoso hacker foi responsável por roubar mais de R$ 120 milhões em criptomoedas. No entanto, contou com a ajuda de diversos serviçais, chamados por ele de “companheiros”.

Em suma, Monkey Drainer era responsável pelo back-end dos golpes, ou seja, a parte técnica do ataque. Já seus parceiros de crime faziam o trabalho de enganar as vítimas, levando-as a entrar em sites falsos para que suas carteiras fossem drenadas.

Uma das principais iscas destes ataques eram lançamentos de coleções falsas de NFTs. Conforme airdrops ou vendas verdadeiras costumam recompensar os primeiros a chegar, tal estratégia hipnotizava os investidores, que não pensavam duas vezes antes de clicar em qualquer link que vissem pela frente.

Outra tática era o roubo de contas em redes sociais. Com elas, os parceiros de Monkey Drainer conseguiam fazer novas vítimas já que poucos verificavam os links para os sites falsos.

Em relação ao acordo entre as partes, Monkey Drainer apenas fornecia o script para outros golpistas, que cuidavam de todo resto. Em troca, o hacker recebia 30% do montante roubado, dinheiro fácil.

Para piorar a situação, quando a prática do hacker foi denunciada por grandes players do mercado, a demanda por seus serviços aumentou ainda mais. Dado isso, Monkey Drainer chegou a entrar em contato com um deles, querendo ainda mais holofotes sobre seu nome.

O negócio ia bem, com cada vez mais golpistas procurando o hacker. Apesar disso, outros hackers começaram a oferecer o mesmo serviço por um preço menor, mas o hacker também usou isso como uma oportunidade.

“Estou recebendo mensagens todos os dias de vocês usaram outro drenador e o drenador lhes deu um golpe. O Monkey Drainer está em cena há mais de 4 meses e ainda não roubou um único trabalhador.”

Além de um ótimo programador, com um script que rapidamente roubava as criptomoedas e NFTs mais valiosos das vítimas antes que elas pudessem reagir, Monkey Drainer também provou ser um ótimo vendedor. Apesar disso, suas vocações não foram usadas da mais honesta.

Monkey Drainer anuncia aposentadoria

Após meses aplicando golpes com seus comparsas, Monkey Drainer usou suas redes sociais para afirmar que estava se aposentando. “O fim do crème de la crème”, iniciou em seu texto, gabando-se de seus serviços.

“Infelizmente, ou felizmente, nada dura para sempre, operar cibercrimes em grande escala é algo que apenas aqueles com o mais alto nível de dedicação devem considerar e mantenho a crença de que todos os jovens criminosos cibernéticos não devem se perder no busca de dinheiro fácil.”

Seguindo, o hacker aponta que arquivos, servidores e dispositivos conectados aos seus serviços serão desligados imediatamente e que estes não retornarão. “Que todos os companheiros ciber-gângsteres sejam vitoriosos”, finalizou, mostrando seu amor pela vida do crime.

Após roubar mais de R$ 120 milhões em criptomoedas, Monkey Drainer anuncia o fim de suas atividades. Fonte: Reprodução.
Após roubar mais de R$ 120 milhões em criptomoedas, Monkey Drainer anuncia o fim de suas atividades. Fonte: Reprodução.

Também na mesma mensagem, o hacker recomenda o uso de um concorrente chamado Venom Drainer, que criou seu canal ontem, no mesmo dia em que o Monkey Drainer encerrou suas atividades. Portanto, é possível que esteja apenas mudando de nome e não se aposentando.

Na única mensagem deste canal, são apresentados serviços como roubo de MetaMask, uma das carteiras mais famosas do mercado, bem como outros tipos de golpes. Portanto, sendo ou não o mesmo responsável, seus comparsas devem migrar para este serviço e continuar fazendo vítimas.

“Nota: Apenas para fins de pesquisa educacional e de segurança. Nenhum software fornecido para intenção de uso ilegal”, finaliza a mensagem do novo serviço, como se alguém fosse acreditar.

Por fim, a profissionalização destes hackers mostram que os usuários devem estar cada vez mais alertas sobre a segurança de suas criptomoedas. As principais dicas são as mesmas de sempre, não clicar em links suspeitos e nunca agir com pressa, principalmente se a mensagem tiver um tom de urgência.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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