Gêmeos do Facebook processam gigante das criptomoedas, que responde: “golpe publicitário”

Cameron e Tyler Winklevoss, conhecidos como ‘os gêmeos do Facebook’, enviaram uma oferta final ao Digital Currency Group (DCG) no início desta semana. Em carta aberta, os fundadores da Gemini pediam R$ 7 bilhões para não processar a DCG e seu fundador, Barry Silbert.

O prazo era curto, o DCG tinha até esta sexta-feira (7) para concordar com os termos oferecidos pelos irmãos Winklevoss. Sem chegar a um acordo, os gêmeos provaram que a ameaça não era um blefe e processaram o DCG nesta manhã.

“Hoje, a Gemini entrou com uma ação contra o DCG e Barry Silbert no tribunal de Nova York”, escreveu Cameron Winklevoss em suas redes sociais. “Barry não foi apenas o arquiteto e idealizador da fraude do DCG e da Genesis contra os credores, ele [também] estava direta e pessoalmente envolvido em perpetrá-la.”

Nos tuítes seguintes, Cameron compartilhou diversos trechos do processo de 33 páginas, emitindo alguns comentários sobre cada um deles.

Como destaque, o fundador da Gemini afirma que Barry Silbert já sabia que a Genesis, subsidiária do DCG, estava insolvente e, por conta disso, tentou estender a parceria entre as duas empresas.

“Quando a Gemini notificou a Genesis de que encerraria o programa Earn em outubro de 2022, Barry procurou marcar uma reunião para induzir a Gemini a continuar com o Earn”, pontuou Cameron. “Ele fez isso sabendo que a Genesis estava extremamente insolvente.”

Cameron também destaca que a falência da Three Arrows Capital (3AC) criou um rombo de US$ 1,2 bilhão no caixa da Genesis, mas que a gigante ocultou o fato. Na data, o DCG afirmou que cobriria as perdas de sua subsidiária.

“Agora está claro que esta foi uma mentira cuidadosamente elaborada. O DCG não absorveu nenhuma perda nem forneceu capital real”, apontou Cameron. “Um balanço falso fingiu que a nota era um “recebível” no valor de US$ 1,1 bilhão. Outra mentira.”

Finalizando suas acusações, Cameron afirma que tanto Barry Silbert, CEO do DCG, quanto outros executivos da gigante das criptomoedas tiveram envolvimento no suposto golpe. No entanto, apenas Silbert está sendo processado ao lado de sua empresa.

Digital Currency Group (DCG) chama processo de “golpe publicitário”

Também usando as redes sociais, o Digital Currency Group foi muito mais breve do que Cameron Winklevoss. Usando apenas um parágrafo em sua defesa, o DCG afirmou que os gêmeos devem assumir a responsabilidade das perdas.

“Este é mais um golpe publicitário de Cameron Winklevoss para desviar a culpa e a responsabilidade dele e da Gemini, que operava o programa Gemini Earn.”

“Qualquer sugestão de irregularidade por parte do DCG ou de qualquer um de seus funcionários é infundada, difamatória e completamente falsa”, escreveu o grupo, notando que está conversando com credores desde a falência da Genesis. “Para ser claro, nem Cameron, nem Tyler Winklevoss estiveram envolvidos em nenhuma das recentes reuniões pessoais.”

Por fim, tanto a Genesis quanto a Gemini estão sendo investigadas pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC. Ou seja, as duas gigantes estão se afundando em problemas jurídicos.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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