O Bitcoin ultrapassou os US$ 45.000 nesta quinta-feira (8), preço não visto desde o início de janeiro. ETFs podem estar por trás da alta, mas investidores atentos à chegada do halving também merecem destaque.
Além do Bitcoin, outras criptomoedas estão aproveitando o otimismo do mercado. Como destaque, Solana (SOL) opera em alta diária de 8% e a Dymension (DYM), listada pela Binance na terça-feira (6), apresenta ganhos de 25% nas últimas 24 horas.
Uma das poucas que está em baixa é a Monero (XMR), o motivo também está ligado a Binance, que removeu quatro criptomoedas focadas em privacidade. Em relação à semana passada, a XMR perdeu 25% de seu valor.
Acumulo por gestoras de ETFs podem estar por trás da alta do Bitcoin
Embora a alta de 5% do Bitcoin nesta terça-feira (8) faça parecer que o mercado está calmo, vale notar que mineradores estão criando uma grande pressão vendedora no mercado. Os dados são da CryptoQuant e os comentários da BitFinex.
“A reserva de Bitcoin de mineradores diminuiu para 1,8 milhão de BTC, seu ponto mais baixo desde junho de 2021.”
“Esta redução nas reservas sugere que os mineradores estão vendendo seus bitcoins ou usando eles para levantar capital”, destacou a BitFinex. “A principal utilização deste capital parece ser a modernização das máquinas e instalações.”
Por outro lado, os ETFs de Bitcoin estão empurrando o Bitcoin para cima. Além do GBTC, fundo de Bitcoin da Grayscale, ter estancado as saídas que assustaram o mercado em seus primeiros dias de negociação, ETFs de outras gestoras estão apresentando um grande fluxo de entrada.
No saldo final, os ETFs foram responsáveis por compras de US$ 1,8 bilhões. BlackRock e Fidelity continuam dominando enquanto diminuem suas diferenças em relação a Grayscale.
Outro motivo para acreditar que os ETFs estão por trás da recente alta são os picos de volume que estão acontecendo na Coinbase, corretora escolhida por diversas gestoras para compra e venda dos bitcoins, por volta das 17h pelo horário de Brasília (15h nos EUA). Nos sábados e domingos, esse pico não existe.
Dado isso, podemos notar que o Bitcoin iniciou sua alta justamente às 17h desta quarta-feira (7). Ou seja, pode ter sido um impulso iniciado pelos ETFs, gerando euforia entre outros investidores nas horas seguintes.
Contagem regressiva para halving anima investidores
Faltando cerca de 70 dias para o halving do Bitcoin, investidores começam a dar mais atenção para a política monetária do Bitcoin.
O evento diminuirá a recompensa dos mineradores pela metade, o que explica às vendas dessas empresas, mas é benéfico para holders que serão menos afetados pela inflação.
Mesmo que a redução da inflação pareça insignificante, muitos acreditam que o evento dará início ao próximo mercado de alta. Para Anthony Scaramucci, ex-diretor de comunicações da Casa Branca, o BTC pode chegar a US$ 170.000 neste ciclo.
A principal aposta é que o Bitcoin repita um padrão que aconteceu nos 3 halvings anteriores, de 2012, 2016 e 2020.
Portanto, alguns investidores podem estar acumulando bitcoins no momento enquanto outros optam por não vender suas moedas, o que gera um efeito positivo no preço.
Criptomoedas são impulsionadas pelo Bitcoin e operam em alta
Como sempre acontece, outras criptomoedas estão acompanhando o movimento do Bitcoin nesta quinta-feira (8). Enquanto o BTC sobe 5% nas últimas 24 horas, Ethereum e XRP apresentam altas tímidas de 3% e 2,5%, respectivamente.
No entanto, outros projetos estão conseguindo superar os ganhos do BTC. Solana (SOL) opera em alta de 8%, já a Cardano (ADA) em 9,6%. Projetos menores, como Dymension (DYM) e Stacks (STX) valorizaram 25% e 15%, respectivamente, nas últimas 24 horas.
Esse é o “verão das criptomoedas”, um momento de glória para quem sobreviveu ao “inverno cripto” de 2022.
Para finalizar, o Visual Capitalist publicou nesta quinta-feira (8) dados de desempenho do Bitcoin contra outros ativos tradicionais. Nos últimos 11 anos o BTC foi o pior ativo em 3 deles e o melhor nos outros 8. Portanto, não há meio-termo para o Bitcoin e 2024 pode ser mais um ano de destaque.