Em nota publicada na última segunda-feira (8), o Departamento de Justiça dos EUA informou a prisão de Alexander Scott Mercurio. Além da ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), o jovem de 18 anos estava planejando atacar igrejas nos EUA.
Segundo documento do processo, o envolvimento de Mercurio com o Estado Islâmico foi descoberto durante uma investigação do FBI sobre doações de criptomoedas a diversos grupos terroristas.
“As investigações revelaram que o indivíduo-1 [outro acusado] e outras três pessoas coletaram e forneceram fundos e outras formas de apoio financeiro ao ISIS por meio de transações realizadas em diversas corretoras de criptomoedas e plataformas de serviços financeiros”, aponta o processo.
Acessando conversas e arquivos do computador de Mercurio, as autoridades também encontraram diversas outras provas de sua ligação com o terrorismo, incluindo livros sobre assassinato em massa e suicídio.
Americano pretendia realizar ataques em igrejas dos EUA
Trechos das conversas entre Alexander Scott Mercurio mostram que os pais do jovem de 18 anos estavam tentando ajudá-lo com terapia, mas ele estava resistindo. Seu plano final era cometer um ataque suicida em igrejas de Coeur d’Alene, Idaho, nos EUA.
“Seu plano de ataque envolvia o uso de armas cobertas de chamas, explosivos, facas, facão, cano e, por fim, armas de fogo”, aponta o processo, notando que o jovem planejava bater em seu pai com um cano e então algemá-lo para roubar tanto seu carro quanto sua arma para executar os ataques.
Segundo as informações, seu pai possuía diversas armas em casa, incluindo um fuzil AR-15 que foi confiscado pelas autoridades. Mercurio foi preso no último sábado (6) antes que pudesse concluir seu plano, que seria realizado na última terça-feira (9).
Em relação às criptomoedas, o processo nota que Mercurio estava realizando doações para o Estado Islâmico, sendo acusado de financiamento ao terrorismo.
“Mercurio disse ao CHS-2 [informante] que estava se comunicando com um indivíduo online através do qual ele doaria dinheiro via criptomoeda para o Estado Islâmico (ISIS)”, aponta o processo. “Segundo Mercurio, ele tinha US$ 8.000 em sua conta poupança e US$ 3.000 em sua conta-corrente.”
Por fim, a ação dos FBI salvou vidas de muitas pessoas que nem sequer sabiam que corriam perigo com essa prisão. Já o uso de criptomoedas é um caso isolado do padrão do mercado, não sendo o verdadeiro problema.
“Este caso deveria ser um alerta sobre os perigos da auto-radicalização, que representa uma ameaça real para nossas comunidades”, comentou Shohini Sinha, agente do FBI. “Proteger o povo americano do terrorismo continua sendo a principal prioridade do FBI, e continuamos incentivando o público a relatar qualquer coisa suspeita ao FBI ou às autoridades policiais locais.”