PF bloqueia criptomoedas de grupo que fraudou a Caixa Econômica

A Polícia Federal não divulgou a localização nem a quantidade de criptomoedas em posse dos investigados.

A Polícia Federal deflagrou na última terça-feira (16/7) a Operação Paper Land, com o objetivo de coibir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em 13 endereços localizados nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Acreúna e Rio Verde.

O nome da operação faz alusão a imóveis rurais cuja existência era apenas documental (“no papel”) e que foram utilizados como garantia hipotecária nas operações financeiras fraudulentas.

Investigação identificou grupo de empresários suspeitos de fraudar a Caixa Econômica e PF determinou bloqueio até de criptomoedas dos suspeitos

A investigação revelou que um grupo formado por empresários, advogados e funcionários de uma instituição financeira fraudava a obtenção de financiamentos agropecuários por meio do uso de documentos falsos e da corrupção de profissionais credenciados junto à Caixa Econômica Federal (CEF).

A instituição financeira sofreu um prejuízo que ultrapassa os 40 milhões de reais, somente no período de 2022 e 2023.

Foi determinado o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados e o sequestro de, pelo menos, 48 imóveis e 44 veículos pertencentes ao grupo criminoso, além da constrição de criptomoedas. A Polícia Federal não divulgou a localização nem a quantidade de criptomoedas em posse dos investigados.

Agentes da PF em Operação Paper Land, contra fraude na Caixa Econômica Federal
Agentes da PF em Operação Paper Land, contra fraude na Caixa Econômica Federal. Crédito: PF.

Em nota à imprensa, a Caixa informou que atua em conjunto com a Polícia Federal para investigar casos suspeitos e para prevenir fraudes em suas operações. Além disso, não comenta sobre casos e informa somente para os policiais sobre os casos em andamento.

Os suspeitos podem responder a até 42 anos de prisão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, além de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

Em 2021, a PF também prendeu um hacker que roubou a Caixa em R$ 7 milhões, como noticiado pelo Livecoins.

Caixa já pediu bloqueio de criptomoedas na justiça, relembre

Em 2022, em um processo movido pela Caixa contra uma loteria credenciada no Pará, o banco público pediu que a justiça bloqueasse valores em criptomoedas da empresa ré. Por suspeita de calote, a loteria acionada já tinha o CNPJ baixado na ocasião.

Mesmo assim, a Caixa pediu que qualquer criptomoeda na Binance, Mercado Bitcoin, Foxbit ou BitcoinTrade fosse bloqueada pela justiça, que ainda analisava o caso.

Vale lembrar que a CEF tem se atentado ao mundo das criptomoedas nos últimos anos, já até cobrando conhecimento sobre o assunto em concursos públicos para vários de seus cargos.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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