Bitcoin pode ser uma proteção contra moedas fracas, aponta estudo do BIS

Em 2023, o mesmo BIS havia declarado que as criptomoedas não servem como dinheiro e falharam em promover benefícios para a sociedade. Portanto, o que vemos é uma mudança na sua postura.

O BIS (Banco de Compensações Internacionais), mais conhecido como o “Banco Central dos Bancos Centrais”, publicou um estudo nesta quinta-feira (8) sobre o papel do Bitcoin e outras criptomoedas no sistema financeiro global.

Como destaque, o texto aponta que o Bitcoin pode ter um potencial para ser uma proteção contra moedas locais fracas.

Com 39 páginas, o documento também fala sobre o Ethereum, segunda maior criptomoeda do mercado, bem como sobre stablecoins, em especial o USDT.

BIS publica estudo sobre Bitcoin

Chamado “Desafiando a Gravidade? Uma Análise Empírica dos Fluxos Transfronteiriços de Bitcoin, Ether e Stablecoins”, o estudo do BIS faz uma análise dos fluxos das principais criptomoedas entre países.

Como exemplo, o documento aponta que Estados Unidos, Reino Unido e outros mercados emergentes representam pontos-chaves dessa nova economia digital.

“Destacamos fluxos de pelo menos um bilhão de dólares americanos com setas pretas para indicar bordas importantes”, escreveu o BIS. “Esses fluxos representaram quase 25% do volume total de transações transfronteiriças, embora representassem apenas 0,15% do número total de fluxos.”

“Em comparação com o BTC, o mapa global de USDT é menos centrado nos Estados Unidos, com fluxos mais uniformemente distribuídos entre alguns países grandes.”

BIS compara fluxo de transações transfronteiriças entre Bitcoin (BTC), primeira imagem, e Tether (USDT), segunda imagem. Fonte: BIS/Reprodução.
BIS compara fluxo de transações transfronteiriças entre Bitcoin (BTC), primeira imagem, e Tether (USDT), segunda imagem. Fonte: BIS/Reprodução.

Como pode ser visto, o Brasil aparece com um fluxo superior a US$ 1 bilhão, tanto em envio quanto recebimento, de Bitcoin em relação aos EUA. Em relação às stablecoins, o Brasil também parece estar ligado à Turquia e à Rússia, além dos EUA.

Como pode ser visto, quase todos os países possuem dados dessas movimentações transfronteiriças.

Bitcoin pode ser visto como uma proteção, aponta estudo do BIS

Seguindo o estudo, o BIS aponta que o uso do Bitcoin e outras criptomoedas pode estar relacionado a diversos fatores. Dentre os exemplos citados estão atividades especulativas, instabilidade das moedas fiduciárias locais e intervenções políticas, como controles de capital.

“Espera-se que esses fatores influenciem os fluxos de criptoativos quando excepcionalmente altos, como durante pressões sobre a moeda local ou aumentos no interesse público”, apontou o BIS.

Finalizando, o BIS revela que são necessárias pesquisas contínuas para entender a dinâmica desse novo mercado.

“As implicações socioeconômicas da maior adoção de criptoativos, particularmente em países emergentes e em desenvolvimento, exigem uma análise mais profunda”, continuou o BIS.

“Isso inclui avaliar o impacto na inclusão financeira e na estabilidade econômica, além do potencial dos criptoativos para servir como uma proteção contra a volatilidade e fraqueza das moedas locais.”

Em 2023, o mesmo BIS havia declarado que as criptomoedas não servem como dinheiro e falharam em promover benefícios para a sociedade. Portanto, o que vemos é uma mudança na sua postura.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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