Autoridades de Hong Kong estão processando 16 pessoas ligadas à corretora JPEX, que aplicou um golpe multi-milionário em 2023. Paralelamente, a Interpol emitiu Notificações Vermelhas para outros três envolvidos com a empresa.
A mídia local aponta que o caso será apresentado ao tribunal nesta quinta-feira (6).
Segundo as investigações, seis dos acusados teriam envolvimento direto com o golpe, outros sete teriam uma participação menor, como promoção da empresa ou negociações OTC.
O caso ganhou notoriedade por conta de Wong Ching Kit. Isso porque o então milionário CEO da JPEX fez uma “chuva de dinheiro” em Hong Kong em 2018, sendo preso por distúrbio na data.
Posteriormente, Kit entrou para a lista de procurados da Interpol.
Caso JPEX avança na justiça de Hong Kong
Relatos da mídia local apontam que o caso da corretora JPEX está avançando nos tribunais de Hong Kong. No total, 16 pessoas estão sendo processadas e serão ouvidas nesta quinta-feira (6).
Enquanto seis pessoas estão sendo acusadas por conspiração para fraude, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça, outras sete enfrentam acusações de fraude, lavagem de dinheiro e de incentivar vítimas a entrarem no esquema, e outras três são acusadas de operar contas de fachada.
Ainda em 2023, um dos líderes da corretora, Joseph Lam Chok, foi pego destruindo documentos em uma banheira cheia d’água, aumentando novamente a exposição do caso.
Antes do esquema ruir, a corretora era amplamente divulgada pelo país, incluindo em meios de transporte.
No total, 64 pessoas seguem sob investigação. Ernest Wong, Chefe de Superintendência, declarou que o caso é “muito complicado” por exigir uma análise de uma “quantidade imensa de dados e registros de transações”, o que explica a lentidão do processo.
Futuras prisões não estão descartadas conforme as investigações avançam.
Interpol adiciona mais três pessoas ligadas à JPEX em seu site
Além do CEO da JPEX, Wong Ching Kit, já estar sob Notificação Vermelha da Interpol, outros três nomes também foram incluídos: Kwok Ho Lun, Cheung Chon Cheng e Mok Tsun Ting.
Os suspeitos têm idades entre 27 a 31 anos.

O caso lembra a importância de praticar autocustódia de Bitcoin e outras criptomoedas, não dependendo da confiança de terceiros. Somado a isso, também mostra o trabalho das autoridades em punir golpistas.