O Instituto Tecnológico e de Energias Renováveis (ITER), uma instituição pública espanhola localizada na ilha de Tenerife, está planejando vender 97 bitcoins que foram adquiridos há 13 anos, em 2012, para fins de pesquisas.
Segundo a mídia local, as moedas foram compradas por 10 mil euros, mas hoje estão valendo € 8,7 milhões (R$ 53,5 milhões).
Isso significaria que cada moeda foi adquirida por € 103 na data. No entanto, dados históricos apontam que o Bitcoin atingiu uma máxima de US$ 16 (cerca de € 13) naquele ano.
A falta de informações adicionais não deixam claro se o instituto gastou outros bitcoins ou se somente pagou muito caro (~8 vezes mais) por essas moedas.
Vale lembrar que existiam poucas corretoras de Bitcoin na data e o mercado era bem diferente de hoje.
Instituto que comprou Bitcoin em 2012 planeja vender suas moedas
Poucos investidores tiveram a sorte de conhecer o Bitcoin em 2012, quanto mais ter a coragem de comprar 10 mil euros na criptomoeda e manter essas reservas paradas por 13 anos.
Foi o isso que aconteceu com o Instituto Tecnológico e de Energias Renováveis (ITER) da Espanha.
No total, os lucros ficam próximos a 87.000% enquanto a compra de € 10.000 se transformou em € 8,7 milhões.
No entanto, a instituição não estava buscando lucros, mas sim usá-los em um estudo para entender o funcionamento da tecnologia blockchain pelo seu campo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
“Foi uma das inúmeras pesquisas realizadas pelo ITER para compreender diferentes sistemas tecnológicos e experimentá-los”, comentou Juan José Martínez, conselheiro de Inovação do Cabildo de Tenerife, ao jornal El Dia da Espanha.
Agora a instituição está planejando vender esses 97 bitcoins devido a sua grande valorização ao longo dos últimos 13 anos.
Embora o mercado tenha evoluído bastante neste período, a instituição aponta que não será tão fácil liquidar essas moedas. No momento eles estão conversando com uma entidade financeira espanhola regulada pela CVM local.
Por fim, o assunto também já está gerando polêmica.
Como exemplo, Pedro Martín, ex-presidente do Cabildo pelo PSOE, afirmou que as criptomoedas são “opacas”. Já Martínez defendeu que “o lógico é tentar vendê-las agora que se valorizaram tanto e investir os recursos em projetos do próprio ITER”.