A criptomoeda que seria lançada pelo Santos está ameaçada com o sumiço do fundador da proposta. Isso porque, o fundador e CEO do projeto, Roberto Diomedi, pausou as negociações há um ano e não deu mais ideia para o Santos.
O Santos é um clube de grande tradição no futebol brasileiro, sendo marcado por passagem de grandes jogadores. Marca registrada do Rei Pelé e Neymar, é um dos maiores clubes do futebol paulista e nacional.
O projeto de lançar uma criptomoeda própria surgiu ainda em 2019, com a ideia de captar investimentos alternativos. Ao que tudo indica, o projeto foi parado e pode até não voltar novamente.
Criptomoeda do Santos segue com indefinições após um ano de pausa nas negociações, ameaçada?
Grandes clubes do Brasil e do mundo resolveram nos últimos anos lançar projetos para captar dinheiro. Muitos resolveram lançar produtos ligados a criptomoedas, que surgiram nos últimos anos como uma tecnologia promissora para captar recursos.
Sem o conhecimento técnico para implementar novidades, os dirigentes de clubes buscaram encontrar empresas que realizam o serviço. Este foi o caso do Santos Futebol Clube, ou peixe como é popularmente chamado por seus torcedores.
Com um projeto ousado, para reformar a Vila Belmiro, melhorar estruturas e equilibrar as finanças, o presidente José Carlos Peres foi em busca do assunto. A empresa escolhida para fazer o lançamento do projeto foi a Bolton Coin (BFCL), fundada pelo italiano Roberto Diomedi.
No início do projeto, a empresa era representada no Brasil por Stefano Cionini. Entretanto, com a justiça de Minas Gerais investigando Cionini por supostas participações em um esquema de pirâmide financeira, o representante abandonou o projeto.
Após abandono de representante, Fundador da Bolton Coin “sumiu” do Brasil
O presidente do Santos chegou a viajar para Dubai, em março, para verificar sobre o negócio. Na ocasião, os torcedores do clube aderiram à causa e mostraram satisfação nas redes sociais.
Com o afastamento espontâneo de Stefano, que alegou não querer prejudicar o negócio entre o Santos e a Bolton Coin, ficou a cargo de Roberto Diomedi novamente as negociações para lançar a criptomoeda do Santos. O fundador e CEO do projeto, contudo, afirmou em várias ocasiões não ser possível vir até o Brasil para conduzir o negócio.
De acordo com a Gazeta Esportiva o negócio foi pausado de fato em abril de 2019, ou seja, já teria um ano que a criptomoeda do Santos estaria ameaçada. Seu lançamento é cobrado pelos torcedores do clube, até em redes sociais, o que gerou uma polêmica com o fundador Roberto, da Bolton Coin.
No Instagram de Roberto Diomedi, a última postagem pública disponível é de uma bandeira do Santos. No post, feito ainda em novembro de 2019, Roberto desejava sorte ao Santos e dava a entender que o negócio estaria de pé.
Os torcedores têm ido até o post cobrar uma solução para o impasse, ainda em 2020. Contudo, apenas a página do Facebook da Bolton Coin está ativa, com a última postagem feita em maio de 2019. Com o site tendo sido retirado do ar, não ficou claro se o projeto encerrou sem explicações.
A diretoria do Santos afirmou para a Gazeta Esportiva que após as denúncias contra Stefano, com suspeitas de pirâmide financeira, a Bolton Coin mudou de postura. Já o presidente do Santos, por outro lado, afirmou para a reportagem que não “desiste de seus sonhos” e o projeto está pausado.
Ameaça de finalizar projeto em 2019 foi feita por fundador que sumiu
Em outro ponto, após inúmeras reclamações, em abril de 2019, Roberto teria feito uma carta que teria deixado claro sua insatisfação com as cobranças e dado a entender que o projeto poderia ser finalizado.
Confira trecho da carta de 2019 abaixo (íntegra na Gazeta):
Se isso for verdade, então por que os jornalistas, que deveriam ser profissionais, que deveriam fazer o seu trabalho honestamente, não querem nos dar pelo menos a oportunidade de apresentar as nossas ideias? Por que eles nos julgam sem nos conhecer? Se esta é a maneira de nos receber, talvez seja melhor pensar sobre isso antes de fazer esse casamento. Contudo eu teria esperado uma recepção diferente…
Não é claro hoje se a criptomoeda do Santos, hoje de fato ameaçada, sairá do papel em um futuro breve. Isso porque, com a paralisação do futebol e dificuldades de locomoção internacional podem motivar novos atrasos na comunicação com a Bolton Coin, que afirma em seu Facebook realizar Security Token Offering (STO).
Por fim, o projeto não segue com novidades públicas e seu site segue indisponível para acesso. Além disso, a Gazeta Esportiva não encontrou responsáveis pela empresa para comentar o caso.