A InDeal foi um dos maiores golpes com criptomoedas no Brasil. A empresa prometia rendimentos com ativos digitais, no entanto, conforme investigações da polícia, tudo não passava de um clássico esquema ponzi, a empresa chegou ao fim com uma operação da Polícia Federal em maio de 2019.
Um dos líderes do negócio foi sequestrado por investidores que queriam reaver o investimento. O caso só foi revelado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) essa semana.
O nome do sequestrado não foi revelado, mas o JornalNH investigou e descobriu que se trata de um dos sócios da empresa. Marco Antônio Fagundes.
Os sequestradores pediram o pagamento de 50 bitcoins como resgate. Na época, o valor daria R$ 2.814.899,18. Considerando do preço do Bitcoin hoje, a soma ultrapassa os R$ 4,7 milhões.
Segundo apurou o jornal, Fagundes foi libertado em Canoas, nove horas depois do sequestro, sem pagar o resgate.
Os responsáveis pelo sequestro são um trader e o pai dele.
São suspeitos de participar do sequestro ainda mais três pessoas, um policial militar e dois homens ainda não identificados. Os sequestradores seriam, de acordo com a polícia civil, antigos investidores da pirâmide financeira.
“As investigações apontam que a extorsão mediante sequestro se deu em represália à perda de valores que teriam sido investidos, pelos autores, em uma empresa cuja vítima de sequestro era um dos sócios”, diz o comunicado.
Os suspeitos foram presos e a PC-RS continua com as investigações para identificar outros autores do crime.
Como apontado pelo Livecoins, as autoridades brasileiras conseguiram localizar recursos da Indeal recentemente. Após localizar milhões de Bitcoins em nome de Marcos Fagundes, na corretora Poloniex, o FBI sacou o saldo em nome da justiça brasileira. A corretora ajudou nas investigações, apontou a justiça norte-americana.
O pedido foi feito pela justiça brasileira, e os Bitcoins agora estão em posse da justiça dos EUA. Os recursos deverão voltar ao Brasil em algum momento, ainda não revelado publicamente.