Começa nesta segunda-feira (7) a funcionar o sistema “PIX da Argentina”, chamado de Transferências 3.0. Além disso, um diretor do Banco Central local declarou guerra ao dinheiro.
Assim como o PIX do Brasil, o novo sistema pretende que o país migre para o formato digital. A busca pelas transações digitais estão sendo vistas em vários países, sendo um dos destaques a China.
No que depender do Banco Central da República Argentina (BCRA), o novo sistema deverá incluir pessoas no sistema financeiro. O país espera que as pessoas de fato usem o sistema de pagamentos digitais, semelhante ao brasileiro.
No entanto, nem todos estão vendo com bons olhos a iniciativa. Com uma das maiores inflações do mundo, o peso argentino é uma das moedas que mais perdeu valor em 2020.
PIX da Argentina chega hoje e pretende reformar relação do dinheiro no país
Desde outubro de 2020 a população da Argentina espera por uma novidade nos pagamentos digitais. Chamada de Transferências 3.0, a solução seria uma forma de levar o acesso financeiro a mais pessoas do país.
E em uma apresentação recente do sistema, o diretor do BCRA Carlos Hourbeigt, teria dito que o “dinheiro é o inimigo em comum”. De acordo com o CriptoNoticias, o diretor teria feito a declaração na Câmara Argentina de Fintech.
De qualquer forma, a iniciativa chega ao país sul-americano quase um mês após o Brasil iniciar o PIX. As soluções possuem semelhanças, ao serem tecnologias centralizadas feitas pelos Bancos Centrais locais, com o propósito de levar as pessoas ao digital.
Assim como no Brasil, pelo menos no início, o PIX da Argentina também promete transferências grátis e instantâneas. O pagamento via QR Code em comércios também seria uma das facilidades da ferramenta.
Esse novo sistema argentino também promete abertura para fintechs concorrer com bancos. O sistema chega ao mercado em um ano em que a inflação da Argentina já é maior que 27% desde janeiro.
Na última semana, o congresso argentino aprovou o novo imposto sobre os ricos, caso que repercutiu pelo mundo. O “Transferências 3.0” poderia ajuda a controlar essa nova tributação dos mais ricos, sem escapatória assim.
Adesão do PIX no Brasil tem sido boa, mas população segue levando golpes e tendo privacidade exposta
A adesão ao PIX no Brasil está sendo boa, após cerca de 1 mês desde seu lançamento. Com mais de 100 milhões de chaves cadastradas, o Banco Central do Brasil comemorou na última semana o registro.
Contudo, assim como na Argentina, o PIX no Brasil é um assunto polêmico. Em relação à privacidade das pessoas, o Bacen pouco falou até então. Além disso, vários golpes usando o nome do PIX seguem acontecendo, dia após dia.
Esse pode ser o resultado de um lançamento as pressas, sem grandes informações compartilhadas com a população. A Argentina, inclusive, corre os mesmos riscos no país.
Em ambos os países sul-americanos, houve um intenso crescimento da adoção das criptomoedas em 2020. As respostas dos governos foram o lançamento de soluções digitais próprias, mas ainda plataformas cheias de dúvidas quando ao funcionamento.
Veja o vídeo de apresentação publicado pelo governo argentino: