O Hash11, primeiro fundo de índice (Exchange-Traded Fund – ETF) com lastro em criptomoedas como Bitcoin e Ethereum negociado na B3 ultrapassou na última segunda-feira (03) a marca de R$ 1 bilhão em captação na bolsa brasileira. Com isso ela se tornou o terceiro maior ETF listado na B3, com 61,5 mil cotistas.
Com apenas uma semana sendo negociada na B3, o fundo em criptomoedas Hashdex Nasdaq Crypto Fundo de Índice, que possui a sigla Hash11, conseguiu levantar R$ 1.040.790.824,81 em patrimônio, conforme comunicado da Hashdex divulgado à imprensa.
A empresa, que hoje é responsável por mais de R$ 3 bilhões de patrimônio, mencionou que esse número é 69% superior aos R$ 615.250.700 captados na oferta inicial liderada pela Genial com BTG, Itaú e Banco do Brasil.
Essa captação bilionária influenciou no preço das cotas dessa ETF. Quando estreou na B3, no dia 26 de abril, cada cota estava sendo negociada a R$ 47,20. Após o último pregão efetuado na última segunda-feira, porém, houve uma valorização de 18,1%. As mesmas cotas passaram, então, a ser negociadas pelo valor de R$ 55,79 cada unidade.
Na visão do CEO da Hashdex, Marcelo Sampaio, esses números indicam o interesse de investidores brasileiros pelo mercado de criptomoedas por meio da bolsa de valores:
“Os números desta primeira semana são um indicativo de que os investidores brasileiros buscavam ter mais essa forma de acessar os criptoativos. Em pouco tempo, o HASH11 apresentou para o mercado uma solução segura e simplificada que deve crescer ainda mais nos próximos meses”.
Criptomoedas na Nasdaq
O valor desse fundo no Brasil guarda relação com o Nasdaq Crypto Index (NCI), o qual possui valor de mercado de US$ 2,33 trilhões. O Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF, lançado em 09 de fevereiro deste ano, replica o NCI, índice desenvolvido em conjunto pela Nasdaq e pela Hashdex.
Negociado na Bermuda Stock Exchange (BSX), o NCI é composto pelas criptomoedas Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash e Chainlink. Com isso, a alta da cotas não está apenas atrelada ao número de novos investidores captados no Brasil.
De acordo com a carta mensal referente ao mês de abril, o NCI fechou esse mês em alta de 5,9%, influenciado, principalmente pelo Ethereum, que subiu 46,5% no período.
No mesmo documento, a empresa menciona que apesar da queda do Bitcoin em 4,2%, houve ainda uma alta de outras criptomoedas além do próprio Ethereum.
“Todas as chamadas Altcoins do índice subiram mais do que 30% em abril, com destaque para o Bitcoin Cash, que rendeu mais de 85%. Abril foi um bom exemplo de como a diversificação entre os criptoativos pode ser benéfica para o investidor”.
Segundo a empresa, assim como ocorre com a NCI, a cesta de ativos da ETF deverá passar por um rebalanceamento trimestral.