Justiça manda Braiscompany provar que não é pirâmide de Bitcoin

Empresa havia processado Suno Research para retirar publicações de matérias da internet.

Uma decisão judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo chamou a atenção nos últimos dias. Isso porque, após acusações de operar um esquema de pirâmide financeira com Bitcoin, a Braiscompany terá que provar que não é um golpe.

Ao oferecer investimentos de Bitcoin para seus clientes, a Braiscompany promete rendimentos de 10% a 15% ao mês. Essa alta soma de ganhos com supostas operações chamaram a atenção de Tiago Reis, fundador da Suno Research.

Com a chamada operação Faraó, Reis abriu uma denúncia pública contra a Braiscompany, afirmando que o modelo de negócios da empresa é de uma pirâmide financeira.

Após as falas da Tiago Reis, a Braiscompany teve seus líderes afastados até de um programa de TV.

Braiscompany processa Suno Research e toma invertida: “deve provar que não é uma pirâmide de Bitcoin”

O modelo operacional de pirâmides financeiras, que são consideradas um crime financeiro, consiste em recrutar membros para um negócio milagroso. Prometendo rendimentos acima do mercado, os negócios utilizam algum ativo para justificar os ganhos, sendo o Bitcoin o alvo de algumas fraudes no Brasil nos últimos anos.

Entre as principais, estão a Unick Forex, Indeal, D9 Clube de Investidores e Midas Trend, sendo essas negócios que lesaram milhares de pessoas pelo país.

No final de 2020, a Braiscompany acabou sendo alvo da chamada Operação Faraó, que Tiago Reis comanda com seus seguidores para denunciar pirâmides financeiras no Brasil. O analista e fundador da Suno Research, vale o destaque, é conhecido no país como um dos principais nomes do mercado financeiro tradicional.

Ao ver o ataque de Tiago Reis, a Braiscompany prometeu processar o analista, afirmando que ele havia sujado a imagem da empresa. O processo, que enfim chegou ao judiciário, acabou tomando um rumo contrário do que esperava a empresa e seus advogados.

Isso porque, segundo decisão da justiça, a Braiscompany terá que provar que não é um golpe.

Advogado da empresa apontou que situação ocorre na vara cível e não cabia ao juiz tal decisão

Para provar que não é uma pirâmide, a Suno Research e Tiago Reis pediram apenas que a Braiscompany apresente os registros de suas transações com Bitcoin, que poderiam provar se os rendimentos oferecidos possuem lastro.

Com os 15% oferecidos ao mês, um investidor poderia em alguns anos até comprar o PIB dos Estados Unidos, afirmou a Suno em seu pedido e defesa.

Vendo a revertida, a Braiscompany ainda tentou, sem sucesso, derrubar a decisão do juiz, afirmando que o processo se trata de imagem e não das atividades da empresa.

Em nota à Veja, o escritório Nelson Wilians afirmou que o caso corre ainda na primeira instância, logo caberá recurso da decisão. Além disso, a defesa da Braiscompany afirmou que o juiz pede provas apenas, sem que isso represente reconhecimento de culpa ou atividade ilícita, que não é de competência da vara cível julgar.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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