O Banco Central da Venezuela anunciou que irá criar uma versão digital de sua moeda fiduciária, o Bolívar digital. A medida será implementada já em outubro de 2021.
Apesar da chegada da nova moeda, as notas em espécie do Bolívar ainda não serão totalmente substituídas no país.
Em relação ao corte de seis zeros, o BCV afirmou que não tem como negociar com a moeda local mais em comércios, visto que as contas estão complicadas até com uso de calculadora.
Como o Bolívar, apesar da extrema desvalorização, ainda é a moeda mais utilizada pela população, o corte de zeros foi implementado para tentar aliviar as transações do cotidiano.
Vale notar que a inflação do país não será apagada com a medida, que já foi tentada no passado e não se mostrou frutífera.
Venezuela anuncia o Bolívar digital
O anúncio oficial partiu do Banco Central da Venezuela (BCV), afirmando que a tecnologia de pagamentos do país será modificada a partir de 1 de outubro. Não está claro ainda se a moeda será uma espécie de CBDC, como planeja o Brasil hoje com o Real digital.
O BSV disse que essa medida é tomada em um momento de retomada na economia local, após ataques estrangeiros a moeda nacional e até pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos.
A chegada do Bolívar digital será feita gradativamente, funcionando paralelamente as moedas em espécie. Além disso, a cotação dessa versão digital será equivalente a da física, sendo a justificativa do governo apenas criar facilidades para que a população faça suas transações cotidianas.
O Banco Central da Venezuela espera também modernizar sua moeda, fortalecer esta contra ataques externos e reduzir custos de transações entre pessoas.
Essa novidade ainda faz parte de um sistema de modernização do sistema financeiro local, que pretende modificar também os meios de pagamentos associados a moeda de curso legal, o Bolívar.
O Governo de Nicolás Maduro e o BSV afirmaram em comunicado que seguirão implementando novidades garantir a soberania nacional da população. O banco central conversará com o Ministério da Economia para articular a criação da nova moeda, que ainda não teve muitos detalhes divulgados.
Vale notar que a Venezuela já criou a Petro, primeira criptomoeda emitida por um estado no mundo, que era até lastreada no petróleo do país. Apesar de fomentar o uso dessa tecnologia, as pessoas não aderiram totalmente à ideia da moeda digital estatal, preferindo o Dólar e até o Bitcoin em transações comuns.