A Organização Mundial do Turismo (OMT) quer conhecer iniciativas com criptomoedas, NFTs, entre outros mais, mesmo após a ONU declarar guerra às moedas digitais descentralizadas.
Nos últimos dias, a Organização das Nações Unidas, a ONU, declarou uma guerra contra às criptomoedas, chamando atenção em todo o mundo.
Ao afirmar que nem tudo que reluz é ouro, um relatório divulgado pela agência pede que governos proíbam anúncios sobre o Bitcoin, maior moeda digital pública.
Além disso, o vasto material pede que as carteiras de criptomoedas sejam melhor controladas, assim como impostos sejam aumentados para quem trabalha com essas moedas que não passam pelo controle estatal.
A preocupação do principal órgão de comércio da ONU, a UNCTAD é que moedas como o bitcoin coloquem em risco a soberania monetária, devendo ser rapidamente regulado.
OMT contrária ONU e quer conhecer novidades
Enquanto o setor ligado ao comércio e desenvolvimento da ONU quer acabar com as criptomoedas, o setor de Turismo da organização mundial espera ir de encontro a um possível banimento.
Isso porque, a agência oficial de Turismo da ONU, a OMT, quer conhecer os sistemas de criptomoedas em seu famoso evento “UNWTO Awake Tourism Challenge“.
Com inscrições abertas para todo o mundo até o dia 15 de outubro, o evento espera ajudar o mundo a desenvolver um turismo sustentável e resiliente. Dessa forma, foram lançadas seis vertentes de interesse, que são Educação, Tecnologia, Comunidades Locais, Empoderamento Feminino, Sustentabilidade e Economia Verde.
Assim, as empresas concorrem para apresentar suas soluções de base tecnológica e, se ganharem, passam a fazer parte do ecossistema de inovação em turismo da ONU.
Chama atenção que a OMT diz serem bem-vindos na categoria “Tecnologia do Turismo para o Bem”, as soluções criadas com “Inteligência Artificial, criptomoedas, blockchain, metaverso e NFTs“.
Ou seja, enquanto um braço da ONU quer lançar guerra contra a inovação, outro espera aproveitar as vantagens que a tecnologia oferece para criar um ambiente de geração de emprego e renda através do turismo em todo o mundo.
De acordo com o Ministério do Turismo no Brasil, a última edição viu uma startup brasileira ser vencedora em uma das categorias, empresa que mudou sua sede para Madri (Espanha) e cresce seu negócio.
Criptomoedas permitem transações instantâneas de qualquer local
Uma das barreiras ao turismo mundial é justamente o câmbio, que deve ser uma área de estudo a parte para quem deseja conhecer outras regiões pelo planeta.
Contudo, com as criptomoedas o assunto se torna mais fácil, visto que é possível transportar quantias de modo fácil nesses sistemas e consumir com elas, sem a necessidade de conversões de câmbio.
É claro que o turismo está atento a essa realidade, e no Brasil, a praia de Jericoacoara é um exemplo de que as empresas locais já aceitam Bitcoin como meio de pagamento, facilitando o consumo para clientes.